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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38225
VULNERABILIDADE SOCIAL E REDE DE ATENÇÃO PARA TRATAMENTO DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA EM ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Doenças Parasitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Doenças Parasitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Doenças Parasitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Desde 2015 a população brasileira vive com as repercussões sociais da epidemia do Zika Vírus, que suscitam um debate sobre: as dificuldades de diagnóstico; o acesso a cuidados para as crianças com Síndrome Congênita do vírus Zika (SCZ); a busca por benefícios pelas famílias atingidas; as desigualdades sociais e de gênero; a discussão sobre os direitos reprodutivos, entre outros. Analisar os diferentes contextos territoriais dos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba atingidos pelo ZIKV, tendo em vista as dimensões programáticas da vulnerabilidade. Este estudo faz parte do projeto “Promoção da Saúde no Contexto da Epidemia de ZIKA: Atores e Cenários nos Processos de Tomada de Decisão” do consórcio de pesquisa ZIKAlliance. Foram identificados e mapeados os casos confirmados de SCZ por local de notificação e por local de residência, e a rede de atenção para tratamento das crianças com SCZ de acordo com os protocolos estabelecidos nos respectivos estados. A partir da localização dessa rede, os serviços oferecidos e a localização dos casos analisaram-se os deslocamentos dos pacientes até os serviços de saúde a fim de determinar tempos médios de deslocamento e analisar os fluxos da rede de atenção. Foram notificados 530 casos de SCZ em Bahia, 189 casos em Paraíba e 201 casos em Rio Grande do Norte, desde janeiro 2015 até dezembro de 2016. As capitais (Salvador-BA, João Pessoa-PB e Natal RN) apresentaram o maior número de casos confirmados de SCZ, sendo Salvador a capital mais atingida com 248 casos. Após o mapeamento das redes de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos diagnosticados com microcefalia, observou-se maior concentração de centros de diagnóstico e tratamento nas capitais dos respectivos estados, porém com menor cobertura nas cidades polo do interior dos estados. Os estados de Bahia e Paraíba apresentaram a maior taxa de deslocamento por paciente. A escassez de serviços na rede de assistência em vastas regiões, principalmente na Bahia e Paraíba, pode acarretar maior custo de deslocamento dos pacientes e até levar ao abandono do acompanhamento/tratamento, com graves consequências na saúde e bem-estar dessas crianças, da família e da comunidade.
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