Utilização do geoprocessamento para analise da distribuição espacial da estratégia saúde da família no município do Paulista-PE

Abstract

A experiência aconteceu período de junho de 2017 a dezembro de 2017. Distribuição espacial da área de abrangência das unidades de saúde da família do território I do município do Paulista- PE. Construir a malha de cobertura da estratégia de saúde da família do território I do município do Paulista- PE, para analise e planejamento da territorialização em saúde através do geoprocessamento. Foi utilizada a base cartográfica digital do município com poligonais por bairros, incorporada ao software google Earth para demarcação das ruas cobertas pelas unidades de saúde da família. A base de dados foi criada a partir da associação dos mapas de cobertura fornecido pelas unidades de saúde da família (USF) e os dados georreferenciados pelos tablets dos agentes comunitários de saúde (ACS) compilados na plataforma Atende Saúde (serviço da empresa Novetech, contratado pelo município). O território I do município possui 14.646 famílias cadastradas, distribuídas em 13 USFs. Após a construção da malha cartográfica com as demarcações da área de cobertura dessas USFs foram identificadas algumas áreas descobertas, fragmentação do território e áreas de intercessão entre unidades distintas. Focalizando nas micro áreas de cada agente comunitário de saúde, encontramos demarcações de micro área por ruas extensas e não por quadras, além de sobreposições de ACSs na mesma rua. Deve-se considerar o território como um espaço vivo, geograficamente delimitado e ocupado por uma população específica, proporcionando a criação de vinculo da população com a EqSF. No entanto, a adesão da ESF pelos municípios ocorreu com pouco subsidio técnico-teórico, de forma que a implantação das USF se deu por demandas sociais voltadas a população mais vulneráveis ou politicamente ativas. Esse processo levou a lacunas entre áreas de cobertura e a descontinuidade do território adscrito. O sistema de informação geográfica (SIG) pode ser uma ferramenta apropriada para ampliar o conhecimento do território pela gestão, facilitando o planejamento da atenção a saúde, justificando a localização de novas unidades de saúde ou a reorganização do território, além de permitir a identificação de fatores que precisam ser pensados na territorialização e universalização da atenção básica.