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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38347
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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SOBRE REDES VIRTUAIS, SENTIDOS E AÇÕES TECIDAS: QUAIS SAÍDAS PARA A PEREGRINAÇÃO POR ACESSO À ATENÇÃO ESPECIALIZADA EM UMA LINHA DE CUIDADOS PARA A SAÚDE DA CRIANÇA?
Affilliation
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Ciências da Saúde. Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O aumento de crianças convivendo com doenças crônicas nas últimas décadas tem acrescido ainda mais desafios aos sistemas de saúde pública em todo o mundo. Considerando esse contexto, torna-se relevante investigar a potencialidade da organização espontânea de redes sociais e a contribuição dos profissionais da saúde no âmbito do SUS, como atores no campo dos cuidados voltados a esta população. Assim, neste estudo, buscou-se apreender as perspectivas de fonoaudiólogos organizados em um grupo virtual, relacionadas às dificuldades de crianças com alterações do desenvolvimento no acesso à atenção especializada do município do Rio de Janeiro. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa dividida em dois momentos: (I) Um momento exploratório, caracterizado pela observação da dinâmica interacional do grupo virtual durante 30 dias. (II) Um momento de entrevistas presenciais, individuais e com roteiro semi-estruturado, realizadas com 14 participantes desse grupo virtual. As entrevistas foram transcritas, posteriormente analisadas e interpretadas à luz da teoria relacional das redes sociais e da perspectiva do interacionismo simbólico. Os participantes definiram o acesso de crianças à rede especializada do município do Rio de Janeiro como difícil. Houve relatos sobre a existência de lacunas na rede de atenção e barreiras nos fluxos dos encaminhamentos das crianças aos serviços de saúde. Outro achado do estudo foi a descoberta de um grupo virtual formado por profissionais da saúde com forte característica auto-organizativa, autogestionada e empreendedora. Neste sentido, evidenciou-se que o grupo de profissionais passou a utilizar a comunicação virtual como um meio para mediar o comunitário e o estatal, buscando facilitar o acesso de crianças aos serviços da atenção especializada. Concluiu-se que a presença de mediadores individuais e coletivos no âmbito dos cuidados em saúde pode beneficiar crianças com dificuldades de acesso aos serviços especializados da rede SUS. Além disso, a comunicação virtual foi utilizada pelos sujeitos em estudo como uma forma de mantê-los conectados e também de inserir os usuários do sistema nos fluxos de encaminhamentos dentro das linhas do cuidado em saúde.
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