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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38354
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Trabalhos apresentados em eventosDireito Autoral
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
10 Redução das desigualdades16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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HOMICÍDIOS EM HOMENS NOS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE: ANÁLISE DO EFEITO DA IDADE-PERÍODO E COORTE DE NASCIMENTO
Principal causa de óbito
Adultos jovens
Realidade multifatorial
Desigualdade social
Tráfico de drogas
Armas de fogo
Política de segurança pública
Afiliação
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.
Resumo
Os homicídios em homens são a principal causa de óbito em adultos jovens nos dias atuais, tendo apresentado aumento expressivo nos estados da região Nordeste, na última década. Essa realidade é multifatorial, tendo como alguns determinantes a desigualdade social, o tráfico de drogas, grande circulação de armas de fogo, o uso abusivo de álcool e falhas na política de segurança pública. Analisar a influência dos efeitos de idade, período e coorte de nascimento (APC) na tendência temporal das taxas de homicídio em homens, na faixa etária de 15-19 a 80 e mais anos, nos estados da região Nordeste, no período de 1980 a 2014. Trata-se de um estudo ecológico de tendência temporal, cujas unidades de análise foram os estados da região Nordeste. Extraíram-se os registros de óbitos por agressão, evento cuja intenção é indeterminada (ECI) do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM/DATASUS). Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A análise da tendência da mortalidade por agressão e evento cuja intenção é indeterminada foi feita utilizando variação percentual anual estimada (EAPC) e modelos probabilísticos para estimação dos efeitos temporais (APC) através de funções estimáveis, no software estatístico R. A taxa de mortalidade média na região Nordeste foi de 58,68 óbitos por 100.000 homens, no período de estudo. As maiores taxas observadas ocorreram nos estados de Alagoas (157,74), Pernambuco (109,58) e Sergipe (57,37), e as menores no Maranhão (36,29) e Piauí (23,57). Nas faixas etárias de 30 a 34 anos verificou-se as maiores taxas de mortalidade, e houve aumento do risco de morte em todos os estados no período de 2010 a 2014, com exceção de Pernambuco (RR=0,51; IC95% 0,49-0,52) e Sergipe (RR=0,81; IC95% 0,76-0,87). Verificou-se ainda, aumento progressivo do risco de morte por homicídio em todos os estados da região Nordeste, em homens nascidos após a década de 1960. Este estudo evidencia a importância de se considerar a influência de diferentes gerações na evolução das taxas de homicídio, além de apontar a necessidade de se rever as políticas e estratégias vigentes de enfrentamento à violência, principalmente urbana. A redução da mortalidade nesse grupo de causas depende da atuação em medidas que considerem as desigualdades sociais e ações de cidadania baseadas na justiça social.
Palavras-chave
HomicídiosPrincipal causa de óbito
Adultos jovens
Realidade multifatorial
Desigualdade social
Tráfico de drogas
Armas de fogo
Política de segurança pública
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