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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38533
SAÚDE E JORNALISMO: O QUE DIZEM OS ESTUDOS SOBRE A PRODUÇÃO NOTICIOSA SOBRE O SUS?
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Comunicação e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Centro Universitário Carioca. Rio Comprido, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Comunicação e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Centro Universitário Carioca. Rio Comprido, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Desde os primeiros momentos de construção do Sistema Único de Saúde (SUS), foi reconhecida a importância da produção jornalística sobre o projeto e o que implica para a garantia do direito constitucional à saúde. Além de tema de debates em instâncias de participação social, esses discursos também se constituíram como destacado objeto de pesquisas no campo da comunicação e saúde. Geral: Analisar os estudos brasileiros dedicados à produção jornalística sobre o SUS. Específicos: i) Identificar as perspectivas teórico-metodológicas que orientam esses estudos. ii) Mapear as principais temáticas, resultados e controvérsias. Revisão narrativa dos estudos dedicados à cobertura jornalística sobre o SUS, em meios impressos, televisivos, radiofônicos, blogs e redes sociais. O corpus é formado por artigos, livros e capítulos de coletâneas. Para os artigos, definiu-se como critério de inclusão aqueles publicados em periódicos vinculados a instituições e/ou voltados para a produção de conhecimento no campo da Saúde Coletiva. Na produção identificada, destacam-se os estudos qualitativos e as abordagens orientadas pela Análise de Conteúdo e Análise de Discurso. Teorias consolidadas para a análise do jornalismo – como a da Agenda Setting e do Enquadramento – também são marcantes. Há largo predomínio do componente assistencial, com ênfase nas falhas, má gestão e insuficiências para fazer valer o direito à saúde. As fontes mais ouvidas são as autoridades sanitárias e especialistas do campo bio-médico. A presença de doentes, familiares e usuários varia segundo o tema, o veículo e a gravidade da situação. O SUS não é nomeado com frequência e é praticamente inexistente a referência às instâncias de participação social. Destacam-se os diferentes posicionamentos frente às credenciais de objetividade, imparcialidade e neutralidade reivindicadas pelo jornalismo. A ausência de diálogo com perspectivas que investigam as especificidades do jornalismo brasileiro, como a hipótese de sua atuação como poder moderador (e não quarto poder) e meta-sistema perito, também merece atenção pelo que deixam aportar à compreensão sobre as formas de legitimação desses discursos.
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