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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38577
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Sustainable Development Goals
16 Paz, Justiça e Instituições EficazesCollections
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PREVENÇÃO DE HOMICÍDIOS: PERCEPÇÕES DE DIVERSOS ATORES SOCIAIS SOBRE A ATUAÇÃO DO ESTADO
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ,Brasil.
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ,Brasil.
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ,Brasil.
Abstract in Portuguese
O homicídio é causa de morte relevante no Brasil e incide de forma disseminada e diferenciada nas várias regiões do país. Suas especificidades precisam ser compreendidas por local de ocorrência, grupos vulneráveis, sexo, condições socioeconômicas e culturais em que ocorrem, mas também segundo relações sociais, opiniões e representações dos atores que se propõem a pensar e a atuar na sua redução. Descrever e analisar as percepções de distintos atores sociais sobre as ações do Estado para prevenção dos homicídios em 12 municípios brasileiros, com elevadas taxas de mortalidade por esta causa. Realizou-se um estudo de casos múltiplos, com 121 entrevistas com 304 pessoas de instituições de segurança pública, saúde, educação, assistência social e ONG, pesquisadores, jornalistas, representantes da sociedade civil, parentes de vítimas de homicídio, lideranças e moradores de áreas violentas. Incluíram-se Aracajú e Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe e na Bahia: Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Salvador, Simões Filho e Vitória da Conquista. Buscou-se compreender a suficiência e limitações das ações existentes, o diálogo e articulações entre as instâncias federal, estadual e municipal e com a comunidade para prevenir os homicídios. Vítimas e autores dos homicídios são jovens, do sexo masculino, pobres, negros, com baixa escolaridade, moradores de áreas periféricas/miseráveis, acumulam vulnerabilidades sociais e econômicas. O narcotráfico, principal responsável pelos homicídios, ocupa o vácuo deixado pelo Estado. Os atores sociais não identificaram ações de prevenção em mais da metade dos municípios. Os órgãos de segurança pública mostraram-se incapazes de atuar com eficiência, expondo seus agentes aos riscos das precárias condições de trabalho. Propõem ações estruturais e integradas na educação, saúde pública, assistência social e, nas políticas de segurança, sugerem ações tradicionais e mudanças nos modelos atuais.Conclusões/ConsideraçõesConsidera-se essencial uma revisão radical das políticas públicas para a inclusão dos jovens de forma criativa, cidadã e protetiva. A prevenção dos homicídios requer formação profissional e investimento estrutural para os órgãos de segurança pública; ações integradas entre os diversos setores como educação, saúde e segurança; e reavaliação da política de repressão às drogas, que tem incrementado o número de mortes de jovens.
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