Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4036
PLASMÓDIOS TRANSFECTADOS COM A PROTEÍNA DE FLUORESCÊNCIA VERDE (GFP) PARA ENSAIOS DE QUIMIOTERAPIA EXPERIMENTAL
Sanchez, Bruno Antonio Marinho | Date Issued:
2007
Alternative title
Plasmodium stably transformed with the green fluorescent protein (GFP) for assays of experimental chemotherapyAdvisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
A resistência do Plasmodium falciparum aos principais antimaláricos ainda é o principal problema no controle da malária humana. Essa situação gera uma necessidade de se desenvolver novos medicamentos contra a malária bem como ensaios que acelerem o processo de triagem de novas drogas. Recentemente, parasitos da malária transfectados
com a Proteína de Fluorescência Verde (GFP) têm sido produzidos em sistema de transformação estável. Isso permite utilizar a fluorescência como um marcador para identificar os parasitos. Assim, buscou-se neste estudo determinar o uso potencial de parasitas da malária murina (P. berghei) e da malária humana (P.falciparum) transfectados com a GFP para os ensaios de quimioterapia experimental. Para os experimentos in vivo, utilizou-se a cepa GFP-P. berghei que apresenta um gene
exógeno de fluorescência verde e resistência à pirimetamina (Sultan et al. 1999). Camundongos suíço-albinos ou BALB/c foram infectados com a cepa GFP-P. berghei ou a cepa não transformada (NK65), por via intraperitoneal. Excluindo as drogas com mecanismo de ação similar ao da pirimetamina, os resultados iniciais demonstraram que a susceptibilidade a diferentes classes de antimaláricos foi semelhante entre a cepa GFPP. berghei e a cepa P. berghei NK65. Demonstrou-se ainda que a virulência in vivo da cepa GFP-P. berghei foi similar a da cepa não transformada. A próxima etapa foi validar a cepa GFP-P. berghei em um ensaio fluorimétrico para avaliar drogas antimaláricas. Para tal, os animais foram infectados com a cepa GFP-P. berghei,
tratados com antimaláricos convencionais, e as parasitemias avaliadas pela citometria de fluxo ou pelo método convencional de microscopia óptica. A parasitemia determinada pela citometria de fluxo se correlacionou com aquela determinada pela microscopia óptica. Assim, os resultados permitiram concluir que a cepa GFP-P. berghei foi
adequada para a triagem de drogas in vivo podendo substituir a técnica convencional de microscopia óptica. Buscando agora validar um protocolo fluorimétrico in vitro para substituir o método de referência de triagem de drogas com hipoxantina tritiada, utilizou-se a cepa GFP-P.falciparum que apresenta fluorescência verde e resistência ao
metotrexato (kadekoppala et al. 2000). A cepa GFP-P.falciparum foi mantida em cultivo contínuo e as parasitemias das culturas foram analisadas, em paralelo, por citometria de fluxo e microscopia óptica. Os resultados obtidos in vitro também demonstraram que a quantificação da parasitemia obtida por citometria de fluxo era específica. Finalmente, em ensaios quimioterápicos in vitro, utilizando antimaláricos convencionais, o método fluorimétrico foi similar ao da hipoxantina tritiada. Portanto,
os resultados in vitro permitiram concluir que o método fluorimétrico com a cepa GFPP. falciparum se mostrou apto a substituir o método radioativo. A vantagem em se utilizar parasitos transfectados com a GFP em ensaios de triagem de drogas é a simplicidade e facilidade da técnica, não sendo necessário qualquer preparação prévia das amostras para a leitura da fluorescência. O modelo descrito neste trabalho pode
funcionar como uma importante ferramenta para acelerar o processo de
desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da malária.
Share