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QUILOMBOS AMEAÇADOS: RACISMO E ABANDONO DO ESTADO AFETAM COMUNIDADES QUILOMBOLAS NA LUTA CONTRA A COVID-19
Quilombos
Infecções por Coronavirus
Racismo
Pandemias
Política Pública
Stevanim, Luiz Felipe | Date Issued:
2020
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Programa RADIS de Comunicação e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
No quilombo África, em Moju, município paraense
a cerca de 120 quilômetros de Belém, o luto pela
morte de um parente é vivido como um ritual coletivo. Conhecidos, amigos e familiares vêm para o velório e
costumam ficar de 8 a 30 dias; trazem comida, doações em
dinheiro e bebidas permitidas pela comunidade. Prestam
homenagem à memória do falecido e tentam “suavizar a
dor” da família enlutada, com brincadeiras e conversas. “É um
momento de solidariedade absoluta. Alguns vão pescar, fazer
a farinha, lavar as roupas dos parentes, cuidar e rezar”, conta
Raimundo Magno, integrante da Coordenação Estadual das
Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo
do Pará (Malungu). A ameaça da covid-19 e a necessidade de
medidas de distanciamento social, para evitar a proliferação
do vírus, interromperam essa tradição que existe, segundo
Raimundo, há 300 anos em sua comunidade. “Imagina o
prejuízo cultural e social que essa doença está causando, além
do adoecimento físico e psicológico e pela falta do que dar
de comer para os filhos”, relata.
Keywords in Portuguese
COVID-19Quilombos
Infecções por Coronavirus
Racismo
Pandemias
Política Pública
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