Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42668
Type
DissertationCopyright
Restricted access
Embargo date
2022-09-22
Collections
Metadata
Show full item record
DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO INTRAPUPARIAL DE OPHYRA AENESCENS (WIEDEMANN, 1830) (DIPTERA: MUSCIDAE), SOB DIFERENTES TEMPERATURAS, EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO
Duarte, Marina Lopes | Date Issued:
2019
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Na entomologia forense, em estudos sobre o desenvolvimento intrapuparial, a família Muscidae ainda é pouco utilizada, apesar de sua importância na resolução de crimes, em especial para espécies encontradas em abundância em cenários diversos, como no caso de Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830). Em dípteros muscoides, o período total do imaturo representa cerca de 50 % do ciclo de desenvolvimento do inseto, o que demonstra a importância em analisar o desenvolvimento morfológico da pupa. Tal metodologia, além de auxiliar na área forense, funcionando como uma ferramenta complementar para a estimativa do Intervalo Pós-Morte mínimo (IPMmín), pode ser utilizada para estudos morfológicos, taxonômicos e na compreensão da metamorfose do inseto. Desta forma, tal estudo tem como objetivo identificar e descrever as principais mudanças morfológicas temporais que ocorrem no corpo da pupa ao longo de seu desenvolvimento sob as temperaturas de 22, 27 e 32 ± 1 °C, UR 60 ± 10 % e 12 horas de fotofase As pupas foram coletadas no instante inicial em que ocorreu a pupariação, em zero hora e foram mortas e fixadas a cada 3 horas até completar 24 horas, e, posteriormente, a cada 6 horas, até o momento de emergência do primeiro adulto, com 10 pupas por intervalo de horas, em cada temperatura. Foi analisado um total de 520 pupas em 22 °C; 340 em 27 °C e 260 pupas a 32 °C, com as emergências ocorrendo respectivamente em 282, 174 e 126 horas. A morfologia externa foi descrita e registrada com base nas características, com oito fases identificadas: pupariação; pré-pupa; pupa criptocefálica anterior e posterior; pupa fanerocefálica; apólise pupa-adulto; adulto farato e imago, além de 18 caracteres morfológicos chaves para a identificação da idade das pupas. Portanto, a utilização dos caracteres morfológicos encontrados na pupa apresenta-se como uma alternativa para auxiliar na estimativa do IPMmín, porém ainda demonstra-se necessário mais estudos com espécies de Muscidae a fim de melhorar o grau de confiabilidade do método, além de mais espécies de importância forense poderem ser utilizadas em casos e estudos na entomologia forense.
Abstract
In the case of Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830), the Muscidae family is still poorly used in forensic entomology, in spite of its importance in the resolution of crimes, especially for species found in abundance in diverse scenarios. In muscoid dipterans, the total immature period represents about 50 % of the development cycle of the insect, which demonstrates the importance of analyzing the pupal morphological development. This methodology, besides assisting in the forensic area, functioning as a complementary tool to estimate the minimum Postmortem Interval (minPMI), that can be used for morphological, taxonomic and understanding the metamorphosis of the insect. Thus, this study aims to identify and describe the main temporal morphological changes that occur in the pupal body during its development under the temperatures of 22, 27 and 32 ± 1 °C, RH 60 ± 10 % and 12 hours of photophase The pupae were collected at the initial time when occurred pupariation at zero hours and were killed and fixed every 3 hours until 24 hours, and after that every 6 hours until the moment of emergence of the first adult, with ten pupae per hour interval at each temperature. A total of 520 pupae were analyzed at 22 °C, 340 in 27 °C and 260 pupae at 32 °C, with the emergence occurring respectively at 282, 174 and 126 hours. The external morphology was described and recorded based on the morphological characteristics, with eight phases identified: pupariation; pre-pupae; anterior and posterior cryptocephalic pupae; phanerocephalic pupae; pupae-adult apolysis; pharate adult and imago, in addition to 18 key morphological characters for the identification of pupae age. Therefore, the use of the morphological characters found in the pupae is an alternative to assist in the estimation of minPMI, but further studies with Muscidae species are necessary to improve the reliability of the method, as well as more species of may be used in cases and studies in forensic entomology.
Share