Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43453
Type
ArticleCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
- ENSP - Artigos de Periódicos [2411]
Metadata
Show full item record
OFF LABEL, COMPASSIONATE AND IRRATIONAL USE OF MEDICINES IN COVID-19 PANDEMIC, HEALTH CONSEQUENCES AND ETHICAL ISSUES
Eventos Adversos a Medicamentos
Farmacoterapia
Hidroxicloroquina
Antibióticos
COVID-19
Drug-Related Side Effects and Adverse Reactions
Drug Therapy
Anti-Bacterial Agents
Alternative title
Uso off label, compassivo e irracional de medicamentos na pandemia de Covid-19, consequências para a saúde e questões éticasAffilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Quando a Covid-19 surgiu em dezembro do ano passado, não havia vacina nem tratamento eficaz específico para esta infecção respiratória viral de rápida disseminação e risco de vida. Ensaios clínicos foram planejados e estão em andamento para investigar se os medicamentos usados para influenza, HIV e outros vírus e também anti-helmínticos (ivermectina, nitazoxanida, niclosamida) e antimaláricos (cloroquina, hidroxicloroquina) mostrando atividade antiviral em ensaios in vitro são eficazes e seguros para Covid-19. Até o momento, não há evidências convincentes de que esses medicamentos antivirais e antiparasitários sejam benéficos para a Covid-19. Não obstante a ausência de evidência de eficácia clínica, esses medicamentos são amplamente utilizados fora dos ensaios clínicos (off label) para profilaxia e tratamento dessa infecção viral. A lógica por trás da prescrição de antibióticos macrolídeos (azitromicina) para a Covid-19 também é obscura. A ampla prescrição e uso de medicamentos de eficácia e segurança não comprovadas para a Covid-19 está em desacordo com o uso racional de medicamentos, um princípio fundamental da farmacoterapia promovido pela OMS em 1985. Esse uso irracional de medicamentos é motivo de preocupação, porque alguns deles estão associados a graves doenças cardíacas e mortes.
Abstract
When Covid-19 emerged in December last year, there was no vaccine nor was there specific effective treatment for this fast-spreading and life-threatening viral respiratory infection. Clinical trials were planned and are in progress to investigate whether drugs used for influenza, HIV and other viruses, and also anthelmintics (ivermectin, nitazoxanide, niclosamide), and antimalarials (chloroquine, hydroxychloroquine) showing antiviral activity in in vitro assays, are effective and safe for Covid-19. So far there is no convincing evidence that these antiviral and antiparasitic drugs are of any benefit for Covid-19. Notwithsanding the absence of evidence of clinical efficacy, these drugs are widely used outside of clinical trials (off label) for prophylaxis and treatment of this viral infection. The rationale behind the prescription of macrolide antibiotics (azithromycin) for Covid-19 is obscure as well. The widespread prescription and use of drugs of unproven efficacy and safety for Covid-19 is at odds with the rational use of medicines, a cornerstone principle of pharmacotherapy advanced by WHO in 1985. This irrational use of drugs is cause for concern because some of them are associated with serious heart disorders and deaths.
Keywords in Portuguese
SARS-CoV-2Eventos Adversos a Medicamentos
Farmacoterapia
Hidroxicloroquina
Antibióticos
COVID-19
DeCS
Coronavirus InfectionsDrug-Related Side Effects and Adverse Reactions
Drug Therapy
Anti-Bacterial Agents
Share