Panorama da biotecnologia industrial em saúde na América Latina e Caribe

Abstract

Não existe consenso sobre até que ponto a América Latina e o Caribe participam nos avances da biotecnologia industrial no que diz respeito a saúde. O presente artigo revisa a literatura existente e procura oferecer um panorama da situação predominante. Os governos nacionais e as agências multinacionais são responsáveis pela maioria dos investimentos em biotecnologia relacionada à saúde nessa região. Vários programas têm promovido esforços para possibilitar transferências de tecnologia, um assunto de suma importância: o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doencas Tropicais, da Organização Mundial da Saúde; o Programa Regional de Biotecnologia para a América Latina e Caribe, da PNUD/UNESCO/ONUDI; e três programas da Organização Panamericana da Saúde, o Programa para Desenvolvimento Regional de Biotecnología Aplicada à Saúde; o Programa Ampliado de Imunizacão; e o Sistema Regional de Vacinas. Em termos da capacidade atual de produção, esforços bem-sucedidos permitiram a industrialização de uma gama de produtos terapêuticos, inclusive interferons recombinantes e naturais, interleuquinas, insulina e estreptoquinase recombinante. A região é capaz, ainda que deforma limitada, de elaborar produtos de uso diagnóstico e de desenvolver vacinas. Portanto, embora o potencial atual da região na biotecnologia em saúde seja incipiente e incerto, o presente panorama sugere que a regido tem um papel pequeno mas significativo no desenvolvimento do setor.