RADIS: Comunicação e Saúde, número 218, novembro

Abstract

O texto aborda a grave situação ambiental e de saúde pública enfrentada pelo Brasil, destacando a devastação causada pelos incêndios no Pantanal e a pandemia de COVID-19. Além disso, critica a negligência e o autoritarismo presentes nas políticas governamentais, que enfraquecem instituições como o Sistema Único de Saúde (SUS) e promovem a desinformação. O registro das queimadas no Pantanal e suas consequências catastróficas, tanto para a fauna quanto para a flora, é apresentado como resultado do descaso ambiental e da busca desenfreada por lucro por parte do agronegócio. A falta de fiscalização e punição para os responsáveis pelo desmatamento e pelas queimadas agrava ainda mais a situação. Além disso, o texto destaca a pandemia de COVID-19 como uma crise que afeta especialmente as populações vulneráveis, como moradores de favelas, quilombolas e indígenas. A resposta inadequada do governo, marcada por negacionismo, desinformação e politização da saúde, é criticada, assim como as tentativas de privatização da saúde pública. A figura de Hesio Cordeiro, defensor do SUS e precursor da sua criação, é mencionada como um exemplo de compromisso com a saúde pública e a democracia. Sua luta pela universalização dos serviços de saúde e seu papel na concepção do SUS são lembrados como um legado importante para o país. O texto conclui expressando gratidão a Hesio Cordeiro e reafirmando o compromisso com a defesa do SUS e dos princípios democráticos na área da saúde.