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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47319
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO VISUAL DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA
Molleri, Natália Anachoreta | Date Issued:
2020
Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: Crianças com síndrome congênita do zika (SCZ) apresentam comprometimento importante da função visual. A avaliação da acuidade visual é desafiadora, uma vez que o acesso a esses exames e a profissionais especializados no Sistema Único de Saúde (SUS) é limitado. Objetivo: Avaliar a função visual de crianças com SCZ. Métodos: Estudo descritivo e transversal de série de casos de crianças com SCZ, entre 1 - 3 anos. Foi aferida a capacidade de discriminar detalhes através do Bradford Visual Function Box (BVFB) e classificadas: grau 1- percepção de conta de 7mm entre 40-50cm de distância; grau 2 - objetos entre 7-60mm entre 20-40 cm; grau 3 - objetos de 7-120mm a 20cm e as que não tiverem percepção de objetos às distâncias apresentadas. Analisou-se a associação entre grau de função visual com os achados anatômicos oculares, do sistema nervoso central (SNC) e trimestre de exposição à infecção; com a Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e se a percepção dos cuidadores acerca da função visual era compatível com a aferida. Os resultados de sensibilidade ao contraste, oftalmoscopia indireta, ultrassonografia transfontanela, tomografia computadorizada e ressonância magnética cerebral e do GMFCS foram coletados a partir de formulários padronizados. Resultados: Avaliadas 63 crianças (\D44B\0305 2 anos); 44/63 (69,8%) apresentaram função visual inferior ao esperado para a idade, das quais 16 (25,4%) apresentaram grau 3; e 33/52 (53,2%) tinham alterações anatômicas oculares. A sensibilidade ao contraste foi possível ser testada em 24/63 pacientes (38%), estando alterada em todos. O comprometimento motor é severo em 53/61 (86,9%) das crianças do estudo Foi encontrada associação entre as alterações anatômicas oculares e o grau de função visual (nervo óptico (p=0,008), retina (p=0,005) e de nervo óptico e retina (p=0,071)); GMFCS e o grau de função visual (p= 0,032) e a percepção dos responsáveis e o grau de função visual (p=0,000). Conclusão: A alteração da função visual está associada a presença de comprometimento do SNC, combinado ou não com alterações oculares. A presente pesquisa é a primeira a encontrar associação entre os níveis do GMFCS e o grau de função visual em crianças com SCZ, confirmando que quanto maior o nível do GMFCS, pior a função visual.
Abstract
Introduction: Children with congenital Zika syndrome (SCZ) have significant impairment of visual function. The assessment of visual acuity is challenging, since access to these exams and to professionals specialized in the Unified Health System (SUS) is limited. Objective: To evaluate the visual function of children with SCZ. Methods: Descriptive and cross-sectional study of case series of children with SCZ, aged 1 - 3 years. The ability to discriminate details through the Bradford Visual Function Box (BVFB) was assessed and classified: grade 1- 7mm bead perception between 40-50cm distance; grade 2 - objects between 7-60mm between 20-40 cm; grade 3 - objects from 7-120mm to 20cm and those that have no perception of objects at the presented distances. The association between the degree of visual function with the anatomical findings of the eye, the central nervous system (CNS) and the trimester of exposure to infection were analized with the Gross Motor Function Classification (GMFCS) and if the perception of caregivers about visual function was compatible with the one measured. The results of contrast sensitivity, indirect ophthalmoscopy, transfontanel ultrasound, computed tomography and brain and GMFCS magnetic resonance were collected using standardized forms. Results: 63 children were evaluated (\D44B\0305 2 years); 44/63 (69.8%) had visual function lower than expected for their age, of which 16 (25.4%) had grade 3; and 33/52 (53.2%) had ocular anatomical changes. Contrast sensitivity was possible to be tested in 24/63 patients (38%), being altered in all. Motor impairment is severe in 53/61 (86.9%) of the children in the study. An association was found between anatomical ocular changes and the degree of visual function (optic nerve (p = 0.008), retina (p = 0.005) and optic nerve and retina (p = 0.071)); GMFCS and the degree of visual function (p = 0.032) and the perception of those responsible and the degree of visual function (p = 0.000) Conclusion: The change in visual function is associated with the presence of CNS involvement, combined or not with ocular changes. This research is the first to find an association between the levels of GMFCS and the degree of visual function in children with SCZ, confirming that the higher the level of GMFCS, the worse the visual function.
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