Avaliação sensorial de formulações farmacêuticas pediátricas

Abstract

É comum ver crianças fazendo cara feia ou mesmo recusando-se a tomar um medicamento por causa do sabor desagradável. Isso pode acarretar na não adesão ao tratamento, e com isso levar ao agravamento da doença. Em uma tentativa de reverter esse quadro, o mascaramento de sabor seria uma das técnicas mais eficientes para os medicamentos mais amargos. Ao iniciar o desenvolvimento de um novo fármaco ou de uma nova formulação farmacêutica o formulador normalmente tem poucas informações quanto ao sabor. Portanto, é difícil avaliar se a técnica de mascaramento é necessária ou se foi realmente eficaz, para isso é preciso utilizar técnicas de estudo para avaliação sensorial de formulações pediátricas. Este tipo de avaliação no Brasil já é muito utilizada na área de alimentos, e ainda em desenvolvimento para produtos farmacêuticos. O estudo clínico utilizando crianças é a melhor alternativa de avaliação, mas existe a preocupação com a segurança da mesma, além dos entraves éticos e documentais do processo. A situação mais viável, porém ainda pouco utilizada no Brasil na área farmacêutica, é a alternativa in vitro que consiste em uma língua eletrônica que detecta variados tipos de sabores frente a padrões conhecidos, porém ainda assim a confirmação dos resultados em equipe treinada se faz necessária.