Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47983
MEDICAMENTOS E POLUIÇÃO AMBIENTAL: O CONHECIMENTO ATUAL SOBRE SEU IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA
Ramos, Michael Bernardes | Date Issued:
2019
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Fármacos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Resumo:O aumento da população mundial e da expectativa de vida levou também ao aumento do consumo de medicamentos em todo o mundo. No entanto, ainda há carência de métodos eficazes para o tratamento e descarte de resíduos e possíveis contaminantes farmacêuticos no solo e na água, acarretando consequências para o meio ambiente, como alterações no ciclo de vida animal e de microorganismos. Neste contexto, para a indústria farmacêutica e para a sociedade em geral, faz-se necessário o conhecimento sobre a influência para a saúde humana e para os ecossistemas, pela presença de resíduos farmacêuticos no ambiente. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi a avaliação do atual conhecimento científico sobre o impacto de resíduos farmacêuticos dispostos no meio ambiente. Para essa análise empregou-se a metodologia de revisão sistemática da literatura, buscando-se por assuntos relacionados ao tema no intervalo entre os anos de 2007 a 2019, além de uma publicação de 2003, por apresentar informações sobre o Brasil. Como resultado, verificou-se que há um grande consumo de produtos farmacêuticos, necessário para sustentação da saúde dessas populações, porém essa demanda levou a produção de quantidades cada vez maiores de resíduos medicamentosos, que acabam chegando ao ambiente. Porém, até o momento não se sabe o real impacto dessas substâncias na saúde da população. Assim, faz-se necessário a adoção de hábitos de consumo e gestão, visando-se reduzir esse impacto, além da obtenção de critérios e metodologias analíticas que melhor avaliem e identifiquem esses resíduos em amostras ambientais. Por fim, existe a necessidade de se criar modelos ecotoxicológicos que avaliem a ação desses fármacos em espécies não alvo, e a utilização desses resultados como critério para aprovação ou prescrição dos medicamentos, além de desenvolver-se processos mais eficientes, que garantam a eliminação desses contaminantes em estações de tratamento de esgoto e de água para consumo humano, garantindo assim a saúde pública e dos ecossistemas.
Abstract
The increase of world\2019s population and life expectancy has increased consumption of medicines in worldwide. However, there is still a lack of effective methods for the treatment and removal of pharmaceutical contaminants in soil and water, with consequences for the environment, such as changes in the life cycle of animals and microorganisms. In this context, for the pharmaceutical industry and society in general, it\2019s necessary to know about the influence on human health and ecosystems by the presence of pharmaceuticals waste in environment. Thus, the objective of this work was to know how about the impact of pharmaceutical waste on the environment using systematic literature analysis by the time of 2007 to 2019, as well as a 2003 relevant publication. As a result, it was found that there is a large consumption of pharmaceutical products, necessary to sustain the health of these populations, but this demand led to the production of increasing amounts of drug residues, which eventually reach the environment. However, so far the real impact of these substances on the health of the population is unknown. Thus, it is necessary to adopt consumption and management habits, aiming to reduce this impact, besides obtaining criteria and analytical methodologies that better evaluate and identify these residues in environmental samples. Finally, there is a need to create ecotoxicological models that evaluate the action of these drugs in non-target species, and the use of these results as a criteria for approval or prescription of drugs, and develop more efficient processes that ensure the elimination of these drugs in sewage and water treatment plants, thereby ensuring public and ecosystem health.
Share