Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48565
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE MANIFESTAÇÕES ORAIS OU OROFARÍNGEAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS-FIOCRUZ
Inquéritos Epidemiológicos
Doenças Transmissíveis
Doenças Autoimunes
Neoplasias
Inquéritos Epidemiológicos
Doenças Transmissíveis
Doenças Autoimunes
Neoplasias
Reis, Clarissa Souza Mota | Date Issued:
2019
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
INTRODUÇÃO: Manifestações orais ou orofaríngeas (MOOF) podem ser os sinais primários ou mais significativos de doenças infecciosas, autoimunes ou neoplásicas. JUSTIFICATIVA: Levantamentos epidemiológicos são importantes para o conhecimento da prevalência de MOOF, podem fornecer subsídios para pesquisa e auxiliar a atuação de profissionais de saúde. OBJETIVOS: determinar a prevalência de MOOF, descrever o perfil epidemiológico dos pacientes e as características clínicas das MOOF. MÉTODOS: Estudo seccional retrospectivo por revisão de prontuários de pacientes com MOOF atendidos no Serviço de Otorrinolaringologia INI-Fiocruz de janeiro de 2005 a dezembro de 2017. Gênero, idade, nível de escolaridade, procedência, tabagismo, etilismo, infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida, tempo de evolução da doença e localização das MOOF foram avaliadas. Foi realizada análise estatística descritiva e comparativa dos dados obtidos. RESULTADOS: De 7551 prontuários, foram incluídos 620 pacientes. As MOOF foram classificadas em anomalias de desenvolvimento (n=3), doenças infecciosas (não granulomatosas n=220 e granulomatosas n=155), doenças autoimunes (n=24), neoplasias (benignas n=13 e malignas, n=103) e doenças epiteliais ou de tecidos moles não classificadas em outras categorias (n=102). As MOOF de doenças infecciosas (60,5%) e de neoplasias (18,7%) foram as mais observadas. As MOOF mais frequentes de cada categoria foram cisto linfoepitelial (0,3%), candidíase (11,3%), paracoccidioidomicose (12,1%), líquen plano (1,6%), papiloma escamoso (1,9%), carcinoma de células escamosas (12,4%) e lesão ulcerada inespecífica (6,3%). Houve predomínio de indivíduos do gênero masculino (63,5%), leucodermas (53,5%), solteiros (58%), na quinta e sexta décadas de vida (43,3%), restrito ao ensino funfamental (59,4%) e procedentes do município ou da região metropolitana do Rio de Janeiro (86,1%). Dor local (18,1%) e odinofagia (15%) foram os primeiros sintomas mucosos mais relatados. Os subsítios mais frequentes das MOOF foram amígdala palatina (28,5%), palato duro (22,7%) e língua (20,3%). O tempo mediano de evolução da doença foi de três meses. A análise comparativa entre doenças infecciosas não granulomatosas e granulomatosas mostrou associação entre idade, gênero, cor da pele, nível de escolaridade, primeiro sintoma, localização das lesões e tempo de evolução da doença (p<0,05). CONCLUSÕES: MOOF foram observadas em 10,2% dos pacientes. Em relação às doenças infecciosas, MOOF localizadas apenas na cavidade oral ou na cavidade oral e orofaringe simultaneamente, no lábio superior, nas mucosas gengivais superior e inferior, no palato mole, nos pilares amigdalianos anterior e posterior e na parede posterior de faringe em indivíduos do gênero masculino, não leucodermas, com menor nível de escolaridade, assintomáticos ou com disfagia, sugerem a hipótese diagnóstica de doenças infecciosas granulomatosas.
Abstract
INTRODUCTION: Oral or oropharyngeal manifestations (OFM) may be the early or most significant signs of infectious autoimmune or neoplastic diseases. BACKGROUND: Epidemiological surveys are important for the knowledge of the prevalence of OFM and may provide research subsidies and assist the performance of health professionals. OBJECTIVES: to determine the prevalence of oral OFM and to describe the epidemiological profile of the patients and clinical characteristics of the OFM. METHODS: Retrospective sectional study of patients with OFM treated at the Otorhinolaryngology outpatient clinic of INI-Fiocruz between January 2005 and December 2017. Gender, age, education level, smoking, alcohol drinking, acquired immunodeficiency virus infection, time of disease evolution and location of OFM were evaluated. Descriptive and comparative statistical analysis of the data was performed. RESULTS: Of the 7551 medical charts evaluated, 620 patients were included in the study. The OFM were classified as developmental defects (n = 3), infectious diseases (non-granulomatous n = 220 and granulomatous n = 155), autoimmune diseases (n = 24), neoplasms (benign n = 13 and malignant n = 103) and epithelial or soft tissue diseases not classified in other categories (n = 102). OFM of infectious diseases (60.5%) and neoplasms (18.7%) were the most observed. The most frequent OFM of each category were lymphoepithelial cyst (0,3%), candidiasis (11.3%), paracoccidioidomycosis (12.1%), lichen planus (1,6%), squamous papiloma (1,9%), squamous cell carcinoma (12.4%) and ulcerated inespecific lesions (6,3%). There was a predominance of white (53.5%), single (58%), males (63.5%), with primary or high school (59.4%) in the fifth and sixth decades of life (43.3%). Local pain (18.1%) and odynophagia (15%) were the most frequent first symptom. The most frequent sites of OFM were palatine tonsils (28.5%), hard palate (22.7%) and tongue (20.3%). The median time of disease progression was 3 months. The comparative analysis between non-granulomatous and granulomatous infectious diseases showed an association between the age, gender, skin color, education level, first symptom, localization of lesions and time for disease evolution (p<0,05). CONCLUSIONS: OFM were observed in 10,2% of the patients. In relation to infectious diseases, OFM only in the oral cavity or oral cavity and oropharynx simultaneously, upper lip, upper and lower gingival mucosa, soft palate, anterior and posterior tonsillar pillars, and posterior pharyngeal wall in male and non-white patients with dysphagia or showing no symptoms suggest granulomatous infectious disease.
Keywords in Portuguese
Manifestações BucaisInquéritos Epidemiológicos
Doenças Transmissíveis
Doenças Autoimunes
Neoplasias
DeCS
Manifestações BucaisInquéritos Epidemiológicos
Doenças Transmissíveis
Doenças Autoimunes
Neoplasias
Share