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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48999
DOR E LESÃO DE PELE NO RECÉM-NASCIDO DURANTE A REMOÇÃO DE ADESIVO
Rocha, Érica Célia Sousa | Date Issued:
2020
Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
INTRODUÇÃO: A remoção de adesivo é um procedimento corriqueiramente realizado nas unidades neonatais e além de submeter o recém-nascido (RN) a um processo doloroso também pode provocar lesões de pele, o que aumenta o risco de infecção e consequentemente o tempo de internação desses bebês. OBJETIVO: Identificar a prevalência de dor e lesão de pele durante a remoção de adesivo com a utilização de água destilada, no recém-nascido internado em uma unidade neonatal. MÉTODO: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, descritivo, do tipo longitudinal prospectivo. A pesquisa teve como campo a área de Atenção Clínica ao Recém-Nascido de uma instituição pública do Rio de Janeiro. Os participantes foram os RN acima de 32 semanas que possuíam fixação adesiva de sonda gástrica. A dor foi avaliada por meio da escala NIPS (Neonatal Infant Pain Scale) e a condição de pele foi avaliada através do NSCS (Neonatal Skin Condition Score). Foram realizadas até cinco avaliações nos primeiros dias de vida do RN. O banco de dados foi criado através do programa Epi info e a análise através do programa SPSS e o modelo utilizado para análise longitudinal foi o Equação de Estruturas Generalizadas (GEE). RESULTADOS: No período de coleta, foram admitidos 162 RN, mas apenas 91 participaram do estudo e destes, 56 tiveram seus dados analisados. A IG dos RN variou com um mínimo de 32 semanas e máximo de 41 semanas, com média e mediana próximas do termo. A média dos pesos foi de 2.675g (DP =767). A maioria dos bebês (60,7%) tinham bolsa rota de até 18 horas, sendo mais de 80% com líquido amniótico claro. Nenhum dos participantes tiveram suas incubadoras umidificadas e nenhum teve diagnóstico de infecção durante o período de coleta de dados. Apenas oito bebês tiveram indicação de fototerapia durante o período avaliado. Das 218 avaliações realizadas, em apenas três (1,4%) destas a pontuação na NIPS não indicou dor. Já em relação à avaliação do estado da pele, foi possível observar uma variação progressiva quanto à piora da pele, mostrando uma tendência dos bebês a apresentarem algum tipo de lesão com o passar dos dias. O tipo de lesão mais frequente foi o eritema. Foi encontrada associação da piora do score médio do estado da pele com a fototerapia. CONCLUSÃO: Um caminho importante para melhorar a assistência oferecida ao RN internado em unidade neonatal é o treinamento contínuo da equipe multidisciplinar quanto aos procedimentos que podem oferecer algum tipo de dano a essa clientela. Essa também é uma maneira de reforçar constantemente os benefícios do cuidado individualizado e sensível ao sofrimento causado não apenas pela patologia do RN, mas pela assistência que pode provocar iatrogenias nessa população.
Abstract
INTRODUCTION: Adhesive removal is a procedure commonly performed in neonatal units. In addition to subjecting the newborn (NB) to a painful process, it can also cause skin lesions, which increases the risk of infection and consequently the length of stay. OBJECTIVE: To identify the prevalence of pain and skin injury during adhesive removal using distilled water in newborn infants admitted to a neonatal unit. METHOD: This is a quantitative, descriptive, prospective longitudinal study. The research had as field the area of Clinical Care to the Newborn of a public institution of Rio de Janeiro. Participants were infants over 32 weeks who had adhesive fixation of the gastric tube. Pain was assessed using the Neonatal Infant Pain Pain Scale (NIPS) and skin condition was assessed using the Neonatal Skin Condition Score (NSCS). Up to five evaluations were performed in the first days of life of the newborn. The database was created through the Epi info program and the analysis through the SPSS program and the model used for longitudinal analysis was the Generalized Structure Equation (GEE). RESULTS: During the collection period, 162 newborns were admitted, but only 91 participated in the study and 56 of these had their data analyzed. The gestational age of newborns ranged from a minimum of 32 weeks to a maximum of 41 weeks, with a mean and median near term. The average weight was 2,675g (SD = 767). Most babies (60.7%) had ruptured pouch of up to 18 hours, with over 80% having clear amniotic fluid. None of the participants had their incubators humidified and none were diagnosed with infection during the data collection period. Only eight babies had indication of phototherapy during the evaluated period. Of the 218 evaluations performed, in only three (1.4%) of these, the NIPS score indicated no pain. Regarding the assessment of the condition of the skin, it was possible to observe a progressive variation regarding the worsening of the skin, showing a tendency of babies to present some type of injury over the days. The most frequent type of lesion was erythema. An association between worsening of average skin condition score and phototherapy was found. CONCLUSION: An important way to improve the assistance offered to the newborn hospitalized in a neonatal unit is the continuous training of the multidisciplinary team on the procedures that can offer some type of damage to this clientele. This is also a way of reinforcing the benefits of individualized and sensitive care when suffering damage not only due to the pathology of the NB, but also due to the assistance that can cause iatrogenesis in this population.
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