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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4968
ESTUDO DA EMBRIOTOXICIDADE DA BETA-IONONA EM RATOS
Pinto, Flávia Cristina Morone | Date Issued:
2005
Alternative title
Study of the embryotoxic of beta-ionona in the ratAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Beta-ionona (4-[2,6,6-trimethyl-1-cyclohexen-1-1yl]-3-buten-2-one; CAS 79-
77-6) é um sesquiterpeno degradado (C13) encontrado nos óleos essenciais de uma
variedade de plantas, entre os quais o óleo de violeta. Este composto tem sido usado na
indústria, como intermediário na síntese de fragrâncias, vitamina A e como aditivo
alimentar, sobretudo na indústria de vinhos.
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial embriotóxico da beta-ionona que,
em estudos anteriores, mostrou claros indícios de induzir embrioletalidade em ratos.
Ratas Wistar foram tratadas por entubação gástrica com beta-ionona (125, 250, 500 e
1000 mg/kg de peso corporal/dia) ou apenas com veículo (óleo de milho), entre os dias
6 e 15 de gravidez. No dia 21, as fêmeas foram sacrificadas por inalação de CO2 e
submetidas à cesárea. O útero gravídico foi pesado com todo seu conteúdo. Foram
contados os corpos lúteos gravídicos, os fetos vivos e mortos e as reabsorções. As
implantações foram determinadas pelo método de Salewski. Os fetos foram examinados
e pesados, sendo 1/3 dos fetos de cada ninhada fixado em solução de Bouin para análise
de vísceras, e os 2/3 restantes, diafanizados e corados com Alizarina Red S para exame
de alterações de esqueleto.
A beta-ionona, na dose de 1000mg/kg de peso corpóreo/dia, causou discreta
toxicidade materna, constatada pela redução de ganho de peso das mães durante o
tratamento e pelo aparecimento de sinais clínicos de toxicidade. Neste nível de dose, a
beta-ionona também afetou adversamente o desenvolvimento embrionário, causando
embrioletalidade, evidenciada pelo aumento de perdas peri-implantação e pelo discreto
aumento na proporção de reabsorções por implantações. Ainda em relação ao efeito
embrioletal da beta-ionona observado neste estudo, pode-se dizer que as fêmeas foram
mais suscetíveis do que os machos. No presente estudo, não foram encontrados indícios
de retardo do crescimento intra-uterino induzido pelo exposição in utero à beta-ionona,
nem aumento na incidência de alterações estruturais de vísceras ou esqueléticas em
nenhum dos níveis de dose estudados. Os dados deste estudo indicaram que a betaionona não é teratogênica em ratos, uma vez que não houve aumento na freqüência de
malformações viscerais e/ou esqueléticas em conseqüência à exposição in utero a este
composto.
Nestas condições experimentais, o nível máximo de dose em que não são
observados efeitos adversos pode ser fixado em 500 mg de beta-ionona/kg de peso
corporal, i.e. NOAEL=500 mg de beta-ionona/kg.
Abstract
ß-ionone (4-[2,6,6-trimethyl-1-cyclohexen-1-yl]-3-buten-2-one) is a degraded
(C13) sequiterpene found in a variety of plants including Boronia megastigma as well
as in the violet oil. It has been used as an intermediate in the synthesis of fragrance
chemicals and as food flavouring additive. ß-Ionone ring is also found in the molecular
structure of retinoic acid, ß-carotene and vitamin A.
This study is undertaken to investigate the embryotoxic potential of ß-Ionone in
the rat. ß-Ionone (125, 250, 500 and 1000mg/kg) was dissolved in corn oil and given by
gavage to Wistar rats once a day from day 6 to 15 of pregnancy. A control group
received only corn oil. All rats were weighed on days 0, 6 up to 15 and 21 of pregnant.
On day 21 of pregnancy all dams were anesthetized and killed by CO2 inhalation. The
gravid uterus was weighed with its contents and the number of resorptions, implantation
sites (Salewski’s method) and live and dead fetuses was recorded. The living fetuses
were weighed, numbered and examined for externally-visible malformations. One-third
of each litter was fixed in Bouin´s solution and examined for soft tissue anomalies and
the remaining fetuses were stained with Alizarin red S for skeleton evaluation.
A decrease in pregnancy body weight gain during the treatment period and the
appearance of clinical signs of toxicity indicate that the highest dose of ß-Ionone tested
(1000mg/kg body weight) was slightly toxic to the mother. The pronounced reduction in
the ratio of pregnant (i.e. rats with implantation sites detected at pregnancy day
21)/treated (i.e. sperm positive treated rats) suggests that the highest dose of ß-Ionone
produced a substantial number of prenatal losses at the beginning of the treatment
period. It is noteworthy that ß-Ionone, even at doses as high as 1000mg/kg body weight,
did not cause any gross structural malformation.
In conclusion, ß-Ionone was only slightly toxic to mothers and embryos, and no
sign of teratogenicity was found. From the data present in this study the no-observedadverse-effect–level (NOAEL) for ß-Ionone-induced embryotoxicity can be set at
500mg/kg body weight.
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