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Autor | Ramos, Maíra Catharina | |
Autor | Camargo, Erika Barbosa | |
Autor | Elias, Flávia Tavares Silva | |
Fecha de acceso | 2021-11-11T00:51:52Z | |
Fecha de disponibilización | 2021-11-11T00:51:52Z | |
Fecha de publicación | 2021 | |
Referencia | RAMOS, Maíra Catharina; CAMARGO, Erika Barbosa; ELIAS, Flávia Tavares Silva. Nota rápida de evidência: testes diagnósticos de antígenos com autocoleta de material biológico para diagnóstico de COVID-19. Brasília: Fiocruz Brasília, 2021. n. 5, 52 p. | |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49773 | |
Resumen en Portugués | Tecnologia: Autotestes de antígenos para COVID-19. Indicação: Diagnóstico de COVID-19. Caracterização da tecnologia: Testes diagnósticos de antígenos com autocoleta de material biológico para diagnóstico de COVID-19. Contexto e Pergunta: Diversas instituições estão elaborando proposta de plano de retorno e em reunião entre o Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) e o Programa de Evidências para Políticas e Tecnologias em Saúde (PEPTS) surgiu a necessidade de uma nota rápida de evidências sobre a performance clínica de autotestes para COVID-19. Busca e análise das evidências científicas: As buscas foram realizadas no dia 20 de outubro de 2021 nas seguintes bases de dados: MEDLINE via PubMed, Embase, Cochrane Library, Web of Science, Scopus e OVID e na literatura cinza. Resumo dos resultados dos estudos selecionados: Foram identificados 504 estudos, sendo removidos 10 por serem duplicatas. A seleção por título e resumo foi realizada por duas pesquisadoras independentes (MCR e EBC), sendo as divergências resolvidas por uma terceira pesquisadora (FTSE). Dos 494 resumos, foram elegíveis 68 para a leitura completa. Após critérios de inclusão - autocoletas realizadas em 2021 – foram incluídos quatro estudos para essa NRE. A partir da avaliação QUADAS 2, identificou-se que os estudos incluídos apresentam baixo risco de viés. Os resultados foram subdivididos conforme comparadores utilizados nos estudos incluídos. Dois estudos avaliaram o uso de autotestes de antígeno (AgRDT) a partir de coleta nasofaríngea comparado ao RT-PCR (Osmanodja et al. 2021 e Willeit et al. 2021) e um avaliou autotestes baseados em amostra de saliva comparados ao RT-PCR (Homza et al. 2021). Por fim, um estudo avaliou a acurácia de métodos de autocoleta com amostras de saliva, expectoração de muco e escarro coletado pela manhã comparados à coleta por profissional de saúde (Poukka et al. 2021).4 O estudo de Osmanodja et al. (2021) coletou amostras entre 12 de fevereiro a 22 de março de 2021 em Berlim, Alemanha. O objetivo foi avaliar a sensibilidade e especificidade para um novo teste Ag-RDT com amostra de esfregaço nasal anterior supervisionada e autocoletada. Foram incluídos 379 pacientes (273 sintomáticos e 106 assintomáticos). Nos 61 participantes sintomáticos com concentração viral média ou alta (≥1 milhão de cópias de RNA), a sensibilidade do Ag-RDT foi de 96,7% (59/61 RT-PCR positivos detectados; 95% IC 88,7- 99,6%). Em nove pacientes com baixa concentração viral (<1 milhão de cópias), apenas 3 foram positivos com o teste Ag-RDT. Quando comparado com os resultados do RT-PCR, o novo Ag-RDT obteve sensibilidade de 88,6% (62/70 PCR positivos detectados; IC 95% 78,7–94,9%). A sensibilidade para pacientes com Ct-value ≤ 32 foi de 92,5% (62/67, IC 95%: 83,4–97,5%). A especificidade entre os pacientes sintomáticos foi de 99,5% (203/204; IC 95%: 97,3–100%). O estudo de Willeit et al. (2021) teve por objetivo avaliar o desempenho do programa de triagem baseado em antígeno para detectar infecções por SARSCoV-2 em escolas austríacas, incluindo 244 escolas, 6.423 alunos e 1.100 professores. A sensibilidade e especificidade foram modeladas assumindo uma faixa de valores preditivos positivos para o autoteste nasal anterior baseado em antígeno (20-100%) e usando estimativas pontuais e limites de intervalo de confiança de 95% como estimativas do valor preditivo negativo. As faixas de sensibilidade dos autoteste nasal anterior baseado em antígeno correspondentes foram de 10,9-32,0% nas escolas primárias, 8,4-46,7% nas escolas secundárias e 19,4-79,6% em professores, assumindo um valor preditivo positivo de 60%. Quando assumido valor preditivo positivo perfeito, de 100%, as faixas de sensibilidade foram de 17,0-44,0% nas escolas primárias, 13,3-59,4% nas escolas secundárias e 28,7-86,6% em professores. O modelo indicou altos valores de especificidade em 20%, 60% e 100% quando assumido valores preditivos positivos de 99,92%, 99,6% e 100% para alunos do ensino fundamental, 99,95%, 99,7% e 100% para alunos do ensino médio e 99,77 %, 99,88% e 100% para professores. O estudo de Homza et al. (2021) avaliou o desempenho de seis testes rápidos de antígeno (TRA) usados na República Tcheca em relação ao qRT-PCR. Ao todo, 2.287 amostras foram retiradas e analisadas. A sensibilidade e5 especificidade dos testes realizados por profissionais de saúde foram superiores aos testes com autocoleta. Quanto ao teste de saliva autocoletado, observou-se uma baixa sensibilidade (<40%), enquanto a especificidade desses autotestes foi superior a 89%. Quando realizada a análise corrigida para cultura de células, foi observada relativa melhora na performance dos TRA avaliados. Entretanto, os autotestes de amostra de saliva continuaram com baixa sensibilidade (<45%) e alta especificidade (>90%). O estudo de Poukka et al. (2021) analisou a sensibilidade de três métodos alternativos de coleta de amostras que não exigiam contato próximo com um profissional de saúde; ou seja, autocoletados. Foram coletadas 40 amostras concomitantes de NPS coletado por profissional de saúde e autocoleta de saliva no dia do recrutamento e 40 amostras de saliva autocoletada na manhã seguinte; 18 amostras autocoletadas de expectoração de muco e 16 amostras de escarro autocoletado pela manhã. As amostras de escarro autocoletado pela manhã apresentaram a maior sensibilidade (sensibilidade, 1,00 [95% IC 1,00-1,00]), seguido por amostras autocoletadas de saliva, independentemente de quando foram coletadas (0,97 [95% IC 0,92-1, 00]). As amostras autocoletadas de expectoração de muco tiveram a sensibilidade mais baixa (0,94 [95% IC 0,87- 1,00]). Ademais, destaca-se que essa Nota Rápida de Evidências não conseguiu identificar na busca realizada a acurácia diagnóstica de autotestes para as diferentes variantes do SARS-CoV-2 (Alfa, Beta, Gama e Delta). A título de discussão, encontrou-se estudo realizado na Universidade de Tóquio, Japão, que avaliou a sensibilidade de testes rápidos de antígeno para COVID-19 para a variante Delta coletado por profissionais de saúde[25]. Apesar da sensibilidade relativamente alta observada nos testes rápidos, a capacidade de detecção correta da variante Delta ainda é melhor no qRT-PCR. Para esses autores, os testes rápidos de antígeno apresentam resultados negativos quando a quantidade de vírus nas amostras é baixa. No entanto, tais testes são úteis para um diagnóstico rápido, especialmente em cenários de recursos limitados, especialmente os laboratoriais[25]. Em uma busca em sites de agências reguladoras, identificou-se que, até setembro de 2021, o FDA havia aprovado emergencialmente a comercialização6 de 13 autotestes para diagnóstico de COVID-19 (Anexo C)i,ii. A agência australiana, Therapeutic Goods Administration, também concedeu a autorização a 13 autotestes, segundo dados de novembro de 2021iii, enquanto o Health Canada autorizou o uso de cinco autotestes até a data de abril de 2021iv, e a agência alemã concedeu autorização a 16 autotestes para COVID-19 até a data de outubro de 2021v. Na Anvisa, não há informação disponível sobre a autorização emergencial para comercialização e uso de autotestes, sejam por amostras coletas em nasofaringe ou saliva. Segundo a RDC de 2015, não há previsão de registro de teste rápido com autocoleta de material biológico (art. 15 da RDC n.º 36, de 26 de agosto de 2015[26]). No entanto, o parágrafo único da mesma RDC ressalta que se for objeto de políticas públicas, essas regras podem ser afastadas, a exemplo de alguns testes para HIV/AIDS. Recomendação: Baseado nas evidências identificadas nessa Nota Rápida de Evidência, recomenda-se o uso de autotestes como estratégias de triagem. No atual cenário da pandemia, onde as atividades educacionais e laborais estão voltando à modalidade presencial, o autoteste pode ter um impacto significativo na vigilância e controle da transmissão do SARS-CoV-2 em ambientes como escolas, universidades, empresas, entre outros. Ainda, denota-se a necessidade de realização de mais estudos sobre autotestes para COVID-19 que avalie: (i) a acurácia de autotestes considerando as variantes de preocupação identificadas pela OMS, (ii) segurança de testes com autocoleta de material biológico para COVID-19, e; (iii) descarte de resíduos biológicos em locais deferentes dos serviços de saúde. | pt_BR |
Idioma | por | pt_BR |
Editor | Fiocruz Brasília | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.relation.ispartofseries | 05 | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.relation.ispartofseries | 2021 | pt_BR |
Derechos de autor | open access | |
Palabras clave en Portugués | Coronavírus | pt_BR |
Palabras clave en Portugués | Testes diagnósticos | pt_BR |
Título | Nota rápida de evidência: testes diagnósticos de antígenos com autocoleta de material biológico para diagnóstico de COVID-19 | pt_BR |
Tipo del documento | Technical Manuals and Procedures | |
Departamiento | Programa de Evidências para Políticas e Tecnologias de Saúde | pt_BR |
Instituición de defensa | Fundação Oswaldo Cruz | pt_BR |
Afiliación | Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil. | pt_BR |
DeCS | Coronavirus | pt_BR |
DeCS | Infecções por Coronavirus | pt_BR |
DeCS | Técnicas e Procedimentos Diagnósticos | pt_BR |