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Type
DissertationCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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A DESCENTRALIZAÇÃO FEDERATIVA, REGRAS INSTITUCIONAIS E O DESEMPENHO MUNICIPAL DA SAÚDE NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO
Cotrim, Rafaela de Carvalho | Date Issued:
2006
Alternative title
Decentralization federalist, institutional rules and the municipal performance of health in Brazil: a comparative studyAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este estudo tem por objetivo geral o estudo do processo de descentralização da
atenção à saúde observado no Brasil nas décadas de 1990 e 2000. Como objetivo
específico pretende, avaliar comparativamente o efeito da condição de elevado
comprometimento institucional sobre o desempenho do município no setor saúde.
Essa avaliação comparativa pode contribuir para a compreensão da efetividade do
processo de descentralização, especialmente quando associada aos processos de
construção institucional como o do setor saúde brasileiro. O ponto de partida do
estudo foi buscar variáveis institucionais para explicar o processo de
descentralização, com ênfase no “caráter relacional” das instituições.
A hipótese central é que os incentivos e constrangimentos propostos pelo
processo de descentralização criaram instituições e geraram capacidades
institucionais diferenciadas entre os municípios brasileiros. Tomando-se como
referência a NOB 96 considerou-se a condição de Gestão Plena do Sistema
Municipal (GPSM) como um fator de diferenciação na efetividade do Sistema
Local de Saúde. O artigo toma como referência os 429 municípios que se
encontravam em GPSM em 2002. Foram analisados, em perspectiva de corte ou
transversal, os dados de compromisso institucional e desempenho
disponibilizados pelos bancos de dados nacionais do SIOPS e do DATASUS.
O resultado dessa análise revela que, no processo de descentralização do setor
saúde brasileiro, as regras institucionais favoreceram o bom desempenho dos
governos municipais no desenvolvimento das tarefas de gestão da saúde. O
sucesso da política de descentralização foi fortemente determinado pelas
vantagens comparativas associadas à capacidade de adesão às regras mais
complexas de habilitação na gestão autônoma do sistema municipal de saúde,
definidas em termos nacionais. A condição de GPSM favoreceu o acesso
diferenciado dos municípios às oportunidades geradas pelo jogo institucional da
descentralização proposto pelo governo federal e também privilegiou a função
saúde na definição dos gastos próprios dos municípios.
Abstract
This study analyzes the decentralization process of healthcare in Brazil. It builds a
comparative evaluation of the effect of institutional variables on the acting of the
municipalities in healthcare management.
The central hypothesis is that the incentives and constraints proposed by the
decentralization process have promoted different institutional capacities among
Brazilian municipalities. With the Basic Operational Norm 96 (NOB 96) as
reference, the condition of Full Management of the Municipal System (GPSM) was
considered as a differentiating factor in the effectiveness of the Local System of
Health. Data provided by SIOPS and DATASUS were analyzed in transversal
perspective.
The analysis reveals that the institutional decentralization rules have favored a
good performance of municipal governments in the development of health
management. The success of municipal management is strongly associated to the
municipal capacity to respond to organizational and institutional conditionalities
defined by the federal government. The condition of GPSM favored the
differentiated access of municipalities to the opportunities generated by the
institutional decentralization game proposed by the Ministry of Health; it has also
privileged the function “health” in the definition of municipal expenditures.
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