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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51670
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS EM AMOSTRAS RETIRADAS DE MÚMIAS EGÍPCIAS DA COLEÇÃO DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO
Coleções Arqueológicas
Múmias
Biodeterioração
Saúde Pública
Reis, Ricardo França Alves dos | Date Issued:
2014
Alternative title
Isolation and identification of fungi in samples taken from Egyptian mummies from the collection of the National Museum of Rio de JaneiroCo-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A proliferação de microrganismos em museus, relacionada aos processos de
biodeterioração, pode representar riscos para a saúde dos visitantes e dos trabalhadores
envolvidos na análise, manutenção e higienização das coleções arqueológicas, por causa
da presença de espécies potencialmente patogênicas. Neste sentido, múmias são
ambientes apropriados para o desenvolvimento de microrganismos, devido à variedade
de materiais orgânicos e inorgânicos que as constituem, os quais se tornam substratos
para o crescimento de bactérias e fungos. Em 1995, um caso de proliferação fúngica em
múmia egípcia foi documentado no Museu Nacional do Rio de Janeiro, após a
penetração de água no local onde o corpo era mantido. Na época, além do risco de perda
do espécime, alguns profissionais que trabalhavam para salvar este e outros materiais
afetados, informaram a ocorrência de doenças. Após o acidente, algumas múmias foram
acondicionadas em cápsulas plásticas com atmosfera anóxica para deter a proliferação
de microrganismos. O presente estudo buscou avaliar a contaminação fúngica na múmia
afetada (inv. 527), após longo tempo de preservação em condições especiais, e em outra
múmia (inv. 170), não acondicionada desta forma, e em seus respectivos ambientes de
exposição. Foram coletadas 29 amostras, entre corporais e ambientais, das quais 17
foram positivas para o crescimento fúngico. Foram isoladas 51 cepas de fungos
filamentosos e leveduriformes. A partir de métodos taxonômicos convencionais, foram
identificados 11 gêneros distintos entre os fungos filamentosos, sendo os principais
Aspergillus, Cladosporium e Penicillium, comumente descritos como causadores de
biodeterioração em múmias e como agentes etiológicos de diversas enfermidades
humanas. A presença destes fungos no museu pode representar riscos para a saúde
pública. Com isso, métodos cada vez mais estritos são sugeridos para a exposição e
armazenamento das múmias, assim como maior cuidado no manuseio e análise das
mesmas, evitando o contato e a disseminação destes fungos no ambiente.
Abstract
Microorganism proliferation in museums could present public health risks for the
visitors, and workers involved in the analysis, maintenance and cleaning of
archaeological collections, due to the development of pathogenic species related to
biodeterioration processes. Mummies are appropriate environments for fungi, due to the
variety of organic and inorganic materials employed during mummification that become
the perfect substrate for microorganism´s growth, such as bacteria and fungi. In 1995, a
case of fungal proliferation in an Egyptian mummy was documented at the National
Museum of Rio de Janeiro, after a flood. At that time, besides the risk of the specimen
loss, the employees that were working to save those archeological materials reported
some kind of diseases. Since that accident, some mummies remained isolated inside
plastic capsules with a controlled anoxic environment to stop the microorganism
proliferation. This study aims to evaluate the fungal contamination at the affected
mummy (inv. 527) after years inside the plastic capsule, and another mummy (inv. 170)
which was not stored like this way, and the environments they were exposed. Twentynine samples, from the environment and body, were collected, of which 17 were
positive for fungal growth. Fifty-one strains of filamentous fungi and yeasts were
isolated. With the use of conventional taxonomic methods, 11 distinct genera were
identified among the filamentous fungi, and the main ones are
Aspergillus, Cladosporium and Penicillium, commonly described for causing
biodeterioration in mummies and as etiological agents of several human diseases. The
presence of those fungi in the museum can pose risks to the public health. With that,
improved secure methods are suggested for the display and storage of mummies, as well
as greater care in the handling and analysis, which could avoid the contact and the
spread of this kind of fungi in the environment.
Keywords in Portuguese
Contaminação FúngicaColeções Arqueológicas
Múmias
Biodeterioração
Saúde Pública
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