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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5172
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DA FILARIOSE BANCROFTIANA E LOANA NA VILA DO BUCO-ZAU, NORTE DE ANGOLA
Bungo, Francisco | Date Issued:
2002
Alternative title
Study of prevalence Elephantiasis Filarial in Vila Buco-Zau, Angola NorthernAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Resumo: A filariose linfática continua sendo um grande problema de Saúde Pública em África e é uma das seis doenças declaradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como potencial a sua erradicação global. É endêmica em 80 países, distribuídos geograficamente nas áreas tropicais e subtropicais, entre a latitude 40° Norte e 30° Sul, afetando mais de 120 milhões de pessoas no mundo. A incapacidade física associada a graves manifestações clínicas enfatiza a significância da filariose bancroftiana como um grande problema de saúde pública substanciada a conseqüências socioeconômicas. Com objetivo de estimar a prevalência de microfilaremia e doença filarial bancroftiana e loana, foi realizado no primeiro trimestre de 2001, um estudo seccional clínico-laboratorial na vila do BucoZau, Província de Cabinda, norte de Angola. Foi selecionado aleatoriamente três dos cinco bairros que compõem à vila, e 2169 indivíduos foram elegíveis para o estudo. No total foram estudados 300 indivíduos de ambos sexos maiores de 4 anos de idade morando há mais de um ano no Município de Buco-Zau. Cada indivíduo da amostra foi submetido a um questionário individual e domiciliário e a exames de sangue. A coleta sangüínea para pesquisa de microfilárias W. bancrofti foi feita no período das 22 e 1 hora e para microfilárias L. loa no horário entre 11 e 13 horas. Os indivíduos com amostras com resultado negativo no primeiro exame foram novamente testados. Para a doença filarial observou-se uma prevalência de 46,33%
enquanto que a microfilaremia da filariose bancroftiana foi de 21,33% e, 22,67% na filariose loana. Entre os homens, o hidrocele foi a manifestação clínica mais prevalente (10,33%) na filariose bancroftiana, e nas mulheres, o linfedema (2,78%). Na filariose loana, o edema de Calabar e a presença de macrofilária na conjuntiva ocular apresentaram prevalências de 4.33% e 2.33%, respectivamente. Houve 8,33% de indivíduos, com idade variando de 15 a 49 anos, que simultaneamente apresentaram microfilaremia positiva para ambas filariose. Os resultados observados indicam que a filariose bancroftiana e loana são de alta endemicidade na área de
estudo, e, portanto, representa um grande problema de saúde pública que requer intervenção urgente das autoridades locais para a sua prevenção e controle.
Abstract
ABSTRACT: Lymphatic filariasis still represents a big Public Health problem in Africa,
and the World Health Organization (WHO) declared it as being one of the six
diseases under global eradication. It is endemic in 80 countries, geographically
spread in the tropical and subtropical areas, between latitude 40° North and 30°
South, affecting over 120 million people around the world. Physical disability
associated with serious clinical manifestations emphasize how significant Bancroftian
filariasis is and what a big problem it is in terms of public health, which leads to social
and economic consequences. A clinical and laboratorial cross-sectional survey took
place in Buco-Zau's town, Cabinda's Province, North of Angola, during the first
quarter of 2001, in order to estimate the prevalence of microfilaraemia and
Bancroftian filarial and loiasis diseases. Three out of five districts from the town were
randomly selected, 2,169 individuals were eligible for the study. A total of 300 people,
of both genders, older than 4 years, living for more than a year in Buco-Zau County
were examined. Each person from the sample was interviewed an individual homequestionnaire, and blood exams were done. The according to blood examination for
W. Bancrofti microfilariae was carried out between 10 P.M. and 1 A.M., and for L. loa
microfilariae the blood samplings were collected between 11 A.M and 1 P.M.. People
whose first blood samplings were tested negative had to repeat the blood test. A
prevalence of 46,33% for the filariasis disease was observed (21,33% Bancroftian
filariasis and 22,67% Loa loa filariasis). The most prevalent clinical manifestation
among men with Bancroftian filariasis was hydrocele (10,33%), and among women it
was the lymphedema (2,78%). In Loa loa filariasis, the Calabar’s oedema and the
existence of macrofilarae in the optical conjunctiva was prevalent in 4.33% and
2.33%, respectively. There were 8,33% of individuals, with ages varying between 15
to 49 years old, who simultaneously showed positive microfilaraemia for both
filariasis. The results observed indicate that Bancroftian filariasis and loiasis disease
are of high endemic aspect in the studied area, and, therefore, represent a big public
health problem that requires urgent intervention/support from local authorities in order
to prevent and control it.
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