Balanço do Coqueiro: A Contribuição da Arte na Construção do Protagonismo e Permanência de Jovens no Campo

Abstract

Este estudo é um diálogo da Arte com a Educação Popular para a Convivência com o Semiárido, partindo da sistematização de experiências realizada com os/as jovens do grupo Balanço do Coqueiro, do Assentamento Maceió – Itapipoca - Ceará, que surge do processo metodológico do Curso de Especialização em Educação Popular e Promoção de Territórios Saudáveis na Convivência com o Semiárido, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz - CE. A sistematização da experiência gerou um produto teatral: “O meu coco é a cor da minha gente”, no qual foram incluídos saberes dos atores e atrizes locais, as problematizações debatidas coletivamente e suas reflexões de fundo, expressas por meio do teatro, da música, da poesia, da dança e da simbologia plástica e estética das juventudes e suas identidades com o meio rural. As reflexões de fundo proporcionaram outros questionamentos aprofundados pela educanda, a qual observando as potências criativas dos/as jovens implicados/as. A pesquisa debruçou-se em 4 temas que guiaram as reflexões: Participação das Juventudes nos Movimentos Sociais; Juventudes e Relações de Gênero; Juventudes e Agroecologia; e A arte como potência criadora de novos mundos. Desse modo, esse estudo se propõe a compreender como a arte contribui para o protagonismo e permanência no campo da juventude rural do Grupo de Cultura e Arte Balanço do Coqueiro, buscando: refletir como a arte se insere no cotidiano do grupo; identificar invenções criativas da organização comunitária de jovens no meio rural; identificar estratégias da juventude rural para a Convivência com o Semiárido e a permanência no campo; refletir sobre a importância das expressões artísticas no protagonismo e afirmação identitária do grupo Balanço do Coqueiro. Os pontos de chegadas e conclusões revelou a importância do protagonismo da juventude e o fortalecimento da identidade com o campo, evidenciou a produção agroecológica da juventude para a Convivência com o Semiárido, e a arte como potência criativa e criadora de novas ideias e mundos, que possibilita os/as jovens a permanecerem no campo e serem sujeitos de suas histórias.