Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52526
PROPAGAÇÃO IN VITRO E PRODUÇÃO DE CEPA TRANSGÊNICA DE MYCOBACTERIUM LEPRAE EM LINHAGEM IDE8 DE IXODES SCAPULARIS
Oliveira, Diego Augusto Souza | Date Issued:
2021
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo intracelular que infecta principalmente macrófagos da pele e células de Schwann nos nervos periféricos. A Hanseníase representa um problema de saúde pública no Brasil, por apresentar uma alta prevalência. A impossibilidade do seu cultivo in vitro até o momento torna análises fundamentais como a determinação da sensibilidade do bacilo a novos antibióticos em tarefas árduas, pois o método atual de cultivo baseia-se na infecção de camundongos atímicos estéreis, consistindo em um procedimento caro, demorado, impreciso, que demanda grandes quantidades de moléculas candidatas, realizado através do custo de vidas animais e não aplicável em protocolos de transformação. Nosso grupo demonstrou que carrapatos da espécie Amblyomma cajennense, em condições controladas, podem atuar na transmissão do M. leprae, indicando potencialidade em linhagens de células de carrapato no cultivo desse bacilo in vitro. Nossos dados demonstram que o M. leprae não só é capaz de infectar com sucesso inúmeras linhagens de células de carrapatos, como de se multiplicar in vitro no interior de ao menos uma delas, a linhagem IDE8, originária de embriões de Ixodes scapularis Através dessa linhagem de células foi possível transformar um isolado clínico do bacilo, tornando-o fluorescente através da expressão da proteína fluorescente Cherry. Através da criação de cepas de M. leprae transformadas seremos capazes de monitorar a viabilidade e a taxa metabólica do patógeno in vivo. Este trabalho aponta para o grande potencial do uso das linhagens de células de carrapatos como método de cultivo in vitro do M. leprae e a partir dessa nova metodologia a possibilidade de desenvolvimento de novas abordagens e ferramentas para estudo da hanseníase como testes mais econômicos, rápidos e precisos para a identificação de novas drogas para o controle da doença
Abstract
Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae, an intracellular bacillus that mainly infects skin macrophages and Schwann cells in peripheral nerves. Leprosy represents a public health problem in Brazil, due to its high prevalence. The impossibility of its in vitro cultivation so far makes fundamental analyzes such as determining the sensitivity of the bacillus to new antibiotics in arduous tasks, as the current method of cultivation is based on the infection of sterile athymic mice, consisting of an expensive and time-consuming procedure , imprecise, which demands large amounts of candidate molecules, carried out at the cost of animal lives and not applicable to transformation protocols. Our group demonstrated that ticks of the species Amblyomma cajennense, under controlled conditions, could act in the transmission of M. leprae, indicating potential in tick cell lines in the cultivation of this bacillus in vitro. Our data demonstrate that M. leprae is not only able to successfully infect tick cell lines, but also to multiply in vitro within at least one of them, the IDE8 lineage, originating from Ixodes scapularis embryos. Through this cell line, it was possible to transform a clinical isolate of the bacillus, making it fluorescent through the expression of the fluorescent protein Cherry. By creating transformed strains of M. leprae we will be able to monitor the pathogen's viability and metabolic rate in vivo. This work points to the great potential of using tick cell lines as a method of in vitro cultivation of M. leprae and from this new methodology the possibility of developing new approaches and tools for the study of leprosy as faster, faster tests and accurate for identifying new drugs to control the disease
Share