Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5328
BIOPSIQUIATRIA E BIOIDENTIDADE: POLÍTICA DA SUBJETIVIDADE CONTEMPORÂNEA
Martins, Anderson Luiz Barbosa | Date Issued:
2005
Alternative title
Biopsychiatry and bioidentity: politics of the subjectivity contemporaryAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O objetivo desta dissertação foi cartografar os modos de funcionamento dos
discursos e práticas que produzem a Psiquiatria Biológica como um dispositivo do
biopoder. Procuramos situar sua emergência como um efeito das transformações da
sociedade capitalista que, a partir da segunda metade do século XX, passa a constituir
a realidade através de novos modos de funcionamento, culminando com a chamada
pós-modernidade. Para nos debruçarmos sobre esta influência recíproca entre a
biopolítica e a clínica psiquiátrica, investigamos o modo de operar da prática
diagnóstica, através da relação entre marcadores biológicos e exames laboratoriais,
procurando mostrar o processo de gestão do corpo e medicalização da saúde como
formas de controle que encarnam o biopoder na contemporaneidade. Para tanto,
buscando pensar o exercício deste dispositivo do biopoder, nos servimos da força
intercessora dos conceitos filosóficos de Michel Foucault e Gilles Deleuze. No
percurso desenvolvido, procuramos situar as relações entre a medicina mental e as
tecnociências, mostrando os efeitos desta biopolítica no processo de produção da
saúde e subjetividade. Em contraposição ao discurso da psiquiatria biológica,
concluímos discutindo a necessidade de uma reorganização teórico-prática de
resistência à medicalização da vida cotidiana propondo a produção de uma biopolítica
em favor das potencialidades de criação de outros modos de subjetivação.
Abstract
The objective of this thesis is to outline how discourses and practices that
produce the Biological Psychiatry operate as a biopower device. We tried to establish
their emergence as an effect of transformations in capitalist society that, from the late
1900s on, came true by means of new functioning modes, culminating in the so-called
post-modernity. In order to analyse the reciprocal influence between biolpolitics and
psychiatric clinic, we investigated the way diagnostic practice operates, through the
relation between biological markers and laboratory examinations, trying to describe
the process of body management and medicalization of health as controlling forms
which represent biopower nowadays. In this sense, in an attempt to think the exercise
of this biopower device, we based our study on the strength of Michel Foucault' and
Gilles Deleuze's philosophical concepts. We tried to contextualize the relations
between mental medicine and techno-sciences, showing the effects of this biopolitics
in health production and subjectivity processes. Finally, in opposition to biological
psychiatry's discourse, we discussed the need for a theoretical-practical re-organizaton
to resist daily life medicalization, proposing the production of biopolitcs for creation
potentialities and other subjectivation ways.
Share