Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53304
CHARACTERIZATION OF SMALL EXTRACELLULAR VESICLES RELEASED BY HUMAN PRIMARY MACROPHAGES AND THEIR ABILITY TO PROPAGATE RESISTANCE TO HIV-1 REPLICATION
Caracterização
Macrófagos primários
SARS-CoV-2
HIV-1
Arteaga Blanco, Luis Andres | Date Issued:
2021
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Vesículas extracelulares (VEs) são liberadas por virtualmente todos os tipos de células, e participam da comunicação intercelular por meio do transporte e transferência de moléculas bioativas, como ácidos nucléicos, proteínas, lipídios e moléculas de sinalização, para células receptoras. Nesta tese, nós nos aventuramos por alguns dos desafios atuais no campo das VEs, indo desde o isolamento e caracterização de pequenas sVEs (sVEs) secretadas por macrófagos humanos primários, até o estudo do seu papel na patogênese da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1). Até o momento, não há trabalhos metodológicos publicados mostrando em detalhes o isolamento, caracterização e internalização de sVEs liberadas por macrófagos primários humanos derivados de monócitos circulantes (sVEs derivados de MDM). Um dos nossos objetivos foi propiciar um protocolo alternativo, com base na ultracentrifugação diferencial (dUC), para isolar e caracterizar as sVEs dessas células. Assim, macrófagos derivados de monócitos circulantes foram cultivados em meio livre de vesículas durante 24, 48 ou 72 h, e as VEs foram isoladas dos sobrenadantes da cultura por dUC. Os macrófagos secretaram uma grande quantidade de sVEs nas primeiras 24 h, com tamanho variando entre 40 a 150 nm, com pico em 105 nm, segundo avaliações por nanoparticle tracking analysis (NTA) e microscopia eletrônica de varredura. Os marcadores proteicos Alix, CD63 e CD81 foram detectados por immunoblotting nas amostras de VEs, e a co-localização de CD63 e CD81 após ultracentrifugação por gradiente de densidade de sacarose (S-DGUC) indicou a presença de sVEs de origem endossomal. A microscopia de fluorescência revelou que as sVEs foram internalizadas por macrófagos primários receptores após três horas de co-cultura. Em relação à capacidade das sVEs de propagar resistência anti-HIV-1, vimos que a adição de sVEs às células infectadas diminuiu a replicação do HIV-1 em macrófagos e células mononucleares de sangue periférico (PBMCs), atingindo níveis de inibição de 73% e 74%, respectivamente. As sVEs individuais ou pools dessas vesículas mostraram um efeito inibitório semelhante. Além disso, macrófagos não infectados e expostos ao peptídeo intestinal vasoativo (VIP) liberaram sVEs com atividade anti-HIV-1 em macrófagos ou PBMCs infectados. Encontramos também que o pré-tratamento de PBMCs infectados com HIV-1 com heparina reverteu em quase 80% o efeito antiviral mediado pelas sVEs, sugerindo que as vesículas transferiram a resistência ao HIV-1 para as células receptoras de uma maneira dependente de endocitose mediada por proteoglicanos de heparam sulfato. Nossos dados sugerem que as sVEs derivadas de MDM podem atuar como um componente importante na imunidade inata mediada por macrófagos contra a infecção pelo HIV-1. Acreditamos que as sVEs derivadas de MDM (expostos ou não com VIP) não infectados funcionam como um veículo para transportar mediadores capazes de controlar a replicação viral em células receptoras infectadas pelo HIV- 1. Nossos resultados contribuem para a compreensão do papel das VEs de macrófagos na infecção pelo HIV-1, e abrem o caminho para estudos mecanísticos mais profundos e para novas estratégias terapêuticas baseadas nas sVEs
Abstract
The nano-sized membrane enclosed extracellular vesicles (EVs) released from various types of cells contribute to intercellular communication via delivering bio-molecules, such as nucleic acids, proteins, lipids, and signaling molecules to recipient cells. In this thesis, we ventured through some of the current challenges in the EV field, moving from isolation and characterization of small EVs (sEVs) secreted by primary human macrophages up to ultimately studying their role in the pathogenesis of human immunodeficiency viruses type 1 (HIV-1). Because, to date, there are no published methodological works showing step-by-step the isolation, characterization and internalization of small EVs released by human primary macrophages derived from circulating monocytes (MDM-derived sEVs), here we aimed to provide an alternative protocol based on differential ultracentrifugation (dUC) to describe sEVs from these cells. Monocyte-derived macrophages were cultured in EV-free medium during 24, 48 or 72 h and, then, EVs were isolated from culture supernatants by (dUC). Macrophages secreted a large amount of sEVs in the first 24 h, with size ranging from 40-150 nm, peaking at 105 nm, as evaluated by nanoparticle tracking analysis and scanning electron microscopy. The markers Alix, CD63 and CD81 were detected by immunoblotting in EV samples, and the colocalization of CD63 and CD81 after sucrose density gradient ultracentrifugation (S-DGUC) indicated the presence of sEVs from late endosomal origin. Confocal fluorescence revealed that the sEVs were internalized by primary macrophages after three hours of co-culture. Regarding the ability of sEVs to propagate anti-HIV-1 resistance, we found that addition of sEVs to infected cells decreased HIV-1 replication in macrophages and peripheral blood mononuclear cells (PBMCs), achieving inhibition percentages 73% and 74%, respectively. Individual sEVs or pools of these vesicles showed a similar inhibitory effect. In addition, uninfected macrophages exposed to the neuropeptide VIP released sEVs with anti-HIV-1 activity in infected macrophages or PBMCs. Importantly, the pre-treatment with heparin on HIV-1 infected PBMCs reduced almost 80% of antiviral effect mediated by sEVs, suggesting, that vesicles probably transfer HIV-1 resistances to recipient cells in a heparan sulfate proteoglycans (HSPGs) dependent manner. Our data suggest that MDM-derived sEVs may act as an important component in macrophage-mediated innate immunity against HIV-1 infection. We believe that MDM-derived sEVs function as a vehicle to transport protective messages from uninfected macrophages (exposed or not with VIP) to the recipient cells and protect them from HIV-1 infection. These data contribute for the understanding of the role of macrophage-EVs in HIV-1 infection and pave the way for new potential EV-based therapeutics strategies
Keywords in Portuguese
Vesículas extracelularesCaracterização
Macrófagos primários
SARS-CoV-2
HIV-1
Share