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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53536
HORMÔNIOS, CLÍNICA E EUGENIA: A TRAJETÓRIA DA ORGANOTERAPIA NA ENDOCRINOLOGIA BRASILEIRA (1893-1948)
Hormônios
Medicina Clínica
Eugenia
História do Século XIX
História do Século XX
Brasil
Lima, Rodrigo Ramos | Date Issued:
2021
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A presente tese analisa a circulação da organoterapia e produção de conhecimentos e experiências clínicas com produtos organoterápicos no Brasil, entre os anos de 1893 e 1948. A organoterapia foi uma terapêutica médica criada em finais do século XIX. Sua aplicação consistia na utilização das glândulas de secreção interna de animais com fins de produzir comprimidos, extratos, injeções e transplantes, para que estes fossem utilizados em pacientes com doenças das glândulas endócrinas. Com a criação dos hormônios sintéticos purificados na década de 1930, muitos destes organoterápicos deixaram de ser comercializados. No Brasil, a situação foi mais favorável à continuidade da venda dos opoterápicos, em virtude da incipiente indústria produtora de hormônios sintéticos. O marco inicial do estudo é o ano de 1893, quando o primeiro registro clínico de aplicações dos extratos testiculares foi realizado na Faculdade de Medicina da Bahia. O percurso de investigação entende-se até o ano de 1948, período marcado pelas atividades do Serviço de Endocrinologia Humana do Instituto Butantan, fundado em 1940. Este ambulatório forneceu atendimentos aos pacientes com endocrinopatias, bem como elaborou extratos glandulares produzidos pelos cientistas do instituto. Pacientes com bócio, cretinismo, criptorquidia, diabetes insípida, nanismo, “mongolismo”, desordens dos ciclos menstruais e da puberdade receberam destaque nesta clínica. Além de fabricar uma diversificada lista de opoterápicos a partir de 1918, o Instituto Butantan notabilizou-se pela produção de conhecimentos científicos sobre endocrinologia no decorrer da década de 1930
Abstract
This thesis analyzes the circulation of organotherapy and the production of knowledge and clinical experiences with organotherapeutic products in Brazil, between 1893 and 1948. Organotherapy was a medical therapy created at the end of the 19th century. Its application consisted in the use of the internal secretion glands of animals for the purpose of producing pills, extracts, injections and transplants, so that they could be used in patients with diseases of the endocrine glands. Since the creation of purified synthetic hormones in the 1930s, many of these organotherapeutics were no longer commercialized. In Brazil, the situation was more favorable to the continuity of the sale of opotherapics, due to the incipient industry producing synthetic hormones. The starting point of the study is the year 1893, when the first clinical record of applications of testicular extracts was carried out at the Faculdade de Medicina da Bahia. The research course extends to 1948, a period marked by the activities of the Human Endocrinology Service of the Instituto Butantan, founded in 1940. This outpatient clinic provided care for patients with endocrinopathies, as well as prepared glandular extracts produced by the institute's scientists. Patients with goiter, cretinism, cryptorchidism, diabetes insipidus, dwarfism, “mongolism”, disorders of menstrual cycles and puberty were highlighted in this clinic. In addition to producing a diversified list of orgonotherapies from 1918 onwards, the Butantan Institute became notable for the production of scientific knowledge on endocrinology during the 1930s
DeCS
EndocrinologiaHormônios
Medicina Clínica
Eugenia
História do Século XIX
História do Século XX
Brasil
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