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GÊNERO, VIOLÊNCIA E A (DES)CONSTRUÇÃO DA MASCULINIDADE: UMA ANÁLISE DO TRABALHO GRUPAL COM OS HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO CONTEXTO BRASILEIRO
Gênero
Violência contra a mulher
Grupo com autor de violência
Pereira, Lorena Padilha | Fecha del documento:
2022
Autor
Director
Co-director
Miembros de la junta
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz. Brasília, DF, Brasil.
Resumen en portugues
A Lei Maria da Penha prevê o atendimento aos homens autores de violência (HAV) em “centros de reabilitação” traduzidos, na prática, em atividades grupais. A partir dessa lei nota-se uma proliferação da atividade em todo o país. Por este contexto, esta pesquisa se debruçou no estudo de como o trabalho grupal com os HAV incide na violência de gênero. Foi realizado um diagnóstico das ações grupais em todo o país, com a identificação final de 309 experiências, procedimento que subsidiou a aplicação de um questionário, por meio eletrônico, que contou com a participação de 271 serviços. Foram 35 perguntas que buscaram compreender o funcionamento, a metodologia e avaliação do projeto grupal. Em um segundo momento, realizou-se a análise documental dos relatórios do grupo reflexivo de gênero: “Espaço Fala Homem” (EFH), uma experiência do sudeste brasileiro. Com a lupa de análise dos estudos de gênero e masculinidades, tivemos acesso aos registros da equipe facilitadora e falas dos participantes, organizadas nas categorias: o homem e o ato violento; a vivência da rede de responsabilização; processo de subjetivação de homens e mulheres; lealdade entre os homens e considerações sobre a atividade. O encontro com as iniciativas confirmou hiatos como a ausência de política pública nacional que acolha e impulsione as organizações locais; a falta de formação continuada da equipe de facilitação; necessidade de ampliação dos espaços de interlocução entre o acadêmico e a prática; pouco ou nenhum aporte financeiro destinado ao trabalho e, principalmente; a fragilidade na avaliação e monitoramento das atividades. Por mais que os grupos se coloquem como estratégia de mobilização das estruturas societárias para a construção de relações de gênero mais justas e equitativas, ainda nos deparamos com intervenções restritas à extinção do comportamento violento daquele participante, uma perspectiva individualista que nos parece ser fruto das dificuldades e obstáculos encontrados pelos projetos brasileiros para sua consolidação. Ainda assim, os grupos se configuram como mecanismos indispensáveis para prevenção e enfrentamento do cenário de violência contra a mulher, a partir da oferta de um espaço de reflexão junto aos HAV.
Resumen en ingles
The Maria da Penha Law provides for attendance to male violence perpetrators (MVP) in “rehabilitations centers” into group activities. The adherence of this practice across the country is noted from this law onwards. In this context, this research focused on the study of how group work with MVP focus gender violence. A mapping of group actions across the country had carried out and resulted a final identification of 309 experiences. From these identifications, the procedure had the participation of 271. The 35 questions were applied to the group for understand the operation, methodology and evaluation. Second, a documentary analysis of the reports of the reflective “Espaço Fala Homem” gender group (EFH) was carried out. This experience is from southeast of Brazil. Based on gender and masculinity studies, the access to the records of the facilitating work team and speeches of the participants had obtained. Categories like man and the violence act, the experience of the accountability network, process of subjectivation of men and women, loyalty among men and considerations about the activity were organized. Consequently, gaps such as the absence of national public policy that accept and encourages local organizations. The lack of ongoing training of the facilitation work team, expansion of spaces for dialogue between academics and practice, little or no financial support for work and the weakness in the evaluation and monitoring of activities had confirmed in these initiatives. As much as the groups place themselves as a strategy for mobilizing societal structures to build more equitable and fair enough gender relations, we are still faced with interventions restricted to the extinction of that participant’s violent behavior. That seems to us to be, the result of the difficulties and obstacles encountered by the Brazilian projects for their consolidation. Even so, the groups has characterized as indispensable mechanisms of preventing and coping with violence against women scenario, from the proffer of a space for reflection with the MVP.
Palabras clave en portugues
MasculinidadesGênero
Violência contra a mulher
Grupo com autor de violência
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