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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55333
Type
ThesisCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
08 Trabalho decente e crescimento econômicoCollections
Metadata
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A GOTA D’ÁGUA, OS TRANSBORDAMENTOS E AS TRANSPOSIÇÕES DOS RIOS: O RETORNO DOS TRABALHADORES DE SAÚDE APÓS AFASTAMENTO POR DEPRESSÃO
Transtornos Mentais
Retorno ao Trabalho
Suicídio
Saúde do Trabalhador
Sistema Único de Saúde
Depressão
Readaptação ao Emprego
Revisão
Pesquisa Qualitativa
Entrevistas como Assunto
Teixeira, Eliane dos Santos | Date Issued:
2022
Alternative title
The last straw, overflows and transpositions of the rivers: the healthworkers return to work after depressions’sick leaveAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O retorno ao trabalho dos trabalhadores de saúde após licença psiquiátrica é um evento perpassado por múltiplos afetos para os próprios trabalhadores, equipes e instituições. Essa tese visa analisar como se dá esse processo de retorno ao trabalho após licença médica por depressão, em uma unidade hospitalar pública. Foi analisada como esta instituição recebe os trabalhadores após a licença; as percepções das equipes e o imaginário organizacional em relação à licença e retorno; as vivências e o destino dado ao sofrimento pelos trabalhadores que retornam; os limites e possibilidades de construção de novos sentidos e vínculos com o trabalho pelos que retornam. Essa investigação se apoia teórica e metodologicamente na Psicossociologia francesa enquanto uma abordagem clínica de pesquisa e na Psicodinâmica do Trabalho. Foram empregadas entrevistas individuais remotamente, em virtude do cenário de pandemia de COVID-19, com roteiro semiestruturado, para os trabalhadores da assistência e gestão e do Núcleo de Saúde dos Trabalhadores, mas com os trabalhadores que voltaram ao trabalho foi empregada a “história de vida laboral”. A análise possibilitou compreender algumas fontes de sofrimento e adoecimento psíquico, bem como percepções diversas e por vezes ambivalentes das equipes sobre os trabalhadores que retornam de licença tais como desconfiança, ressentimento e empatia. Quanto à instituição, destacaram-se os modos de gestão pouco flexíveis; processo de adoecimento psíquico dos trabalhadores invisibilizado; inexistência de política institucional para retorno ao trabalho e prevenção de suicídio; insuficiência de espaços coletivos de compartilhamento e diálogo. Aqueles que retornam relataram sentimento de solidão e pouco acolhimento. Quando voltam ao trabalho sem restrições, as estratégias para não tornar adoecer são de cunho individual, como solicitação de realocação de posto de serviço, de redução de carga horária e até de readaptação. Observaramse marcadamente duas estratégias coletivas de defesa dos trabalhadores, o “pacto de silêncio” em torno do sofrimento daqueles que retornam e o “imaginário de virilidade” fazendo frente ao “imaginário de muralha”, de “fortaleza” institucional. É questionável se o trabalhador que retorna conseguirá elaborar o próprio processo de depressão ou se manterá paralisado sob risco de tornar a adoecer. É imprescindível que se construam coletivamente políticas institucionais focadas no retorno ao trabalho de trabalhadores após adoecimento psíquico e em prevenção de suicídio. A depender do modo como for conduzida pela instituição, a oportunidade de voltar ao trabalho após licença médica, pode representar para o sujeito uma aposta na retomada da sua carreira, na reconstrução de sentidos do trabalho e de sua identidade profissional.
Abstract
The healthworkers return to work after mental disorders is an event that involves many affections for: professionals, their teams and institutions. This thesis aims to analyse the return to work process after sick leave for depression in an public hospital. In this particular case, how this institution receives healthworkers after their sick leave; teams’perceptions and organizational imaginary about sick leave and return to work; the healthworkers’ experiences when they return to work; their possibilities and limits to establish affective bonds with their work. This research has a theoretical framework based on french psycho-sociological and psychodynamics of work. The research subjects have been remotely interviewed because of the COVID-19 pandemic. It has been used a semi-structured script with: healthworkers (assistance and management) and worker’s health division. But it has been used professional life history with healthworkers who has returned to work after sick leave for mental disorders. It was possible to understand some sources of suffering that cause mental disorders and ambivalent perceptions of the teams about return to work, like suspicion, resentment and empathy. It was observed not flexible manegement models; invisibility of the illness process; lack of institutional return to work and suicide prevention policies; insufficiency of collective spaces for sharing and dialogue. Those people who have returned to work have related feeling without support from the institution, loneliness and lack of reception. It was observed that when people return to work unrestricted, they employ self strategies like request for: workplace changing, decreasing working hours and role changing at work. It is possible to highlight two collective defense strategies: “pact of silence” about the suffering at work and “imaginary virility” to face institutional “imaginary wall” (fortress). Regarding the return to work, it speculates if healthworker will get psychic elaboration for his depression or will remain stagnant and get sick again. It is essential to build collectively institutional policies for returning to work and regarding to suicide prevention. The return to work depends on the way in which the institution will handle with this situation. Thus, it can be an opportunity to healthworker to reconstruct meanings about his work and his professional identity.
DeCS
Pessoal de SaúdeTranstornos Mentais
Retorno ao Trabalho
Suicídio
Saúde do Trabalhador
Sistema Único de Saúde
Depressão
Readaptação ao Emprego
Revisão
Pesquisa Qualitativa
Entrevistas como Assunto
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