Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55378
Type
ArticleCopyright
Open access
Collections
- INI - Artigos de Periódicos [3034]
Metadata
Show full item record
ANEURISMA APICAL NA FASE CRÔNICA DA DOENÇA DE CHAGAS: PREVALÊNCIA E VALOR PROGNÓSTICO EM UMA COORTE URBANA DE 1053 PACIENTES
Alternative title
Apical Aneurysm in the Chronic Phase of Chagas Disease: Prevalence and Prognostic Value in an Urban Cohort of 1053 PatientsAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Objetivos: Avaliar a prevalência e o valor prognóstico do
aneurisma apical em uma coorte urbana de pacientes na
fase crônica da doença de Chagas.
Métodos: Estudo prospectivo, longitudinal, de uma coorte
de 1053 pacientes com doença de Chagas, recrutados no
período de 03/1990 a 03/2002 e acompanhados até 03/2003.
Todos foram submetidos a exame clínico, ECG, RX de tórax
e ecocardiograma na admissão. Aneurisma apical foi
diagnosticado ao ecocardiograma pela presença de
deformidade, para fora, da linha endocárdica, persistindo
em sístole e diástole. Na análise estatística univariada foram
utilizados o teste qui-quadrado para a comparação de variáveis
categóricas, e o teste t de Student para a comparação de médias
entre dois grupos. Curvas de sobrevida (Kaplan-Meier),
estratificadas de acordo com a presença ou ausência de
aneurisma apical, foram construídas para a coorte como um
todo e para subgrupos específicos. O teste de log-rank foi
utilizado para a comparação das curvas de sobrevida.
Análise uni e multivariada de Cox foram realizadas para
avaliar o valor prognóstico do aneurisma apical.
Resultados:A prevalência de aneurisma ventricular foi de 14%,
sendo que 24% entre os pacientes com ECG alterado e 2%
naqueles com ECG normal. Aneurisma apical foi associado à
maior freqüência de insuficiência cardíaca e cardiomegalia
(índice cardiotorácico >0,5), menor fração de ejeção de VE,
maiores diâmetros cavitários e maior freqüência de trombo
mural, quando comparados aos pacientes sem aneurisma
apical. Em um período de acompanhamento de 66±43
meses, a mortalidade global foi de 10%, sendo que 21%
nos pacientes com aneurisma e 8% nos demais (p<0,0001 –
RR: 3,2 – IC=2-5,3). Na análise univariada de Cox, a presença
de aneurisma apical foi significativamente associada à
maior mortalidade geral, à cardíaca e à súbita. Na análise multivariada, no entanto, quando ajustada para a função
ventricular, o aneurisma apical deixou de ser um preditor
independente de óbito, tanto para a população amostral
quanto para o subgrupo específico de pacientes com ECG
alterado.
Conclusões: A prevalência de aneurisma apical nesta coorte
foi inferior ao descrito na literatura. No presente estudo, o
aneurima apical foi um marcador de maior acometimento
da função miocárdica, mas não se constituiu em um preditor
independente de óbito (morte geral, morte cardíaca ou
morte súbita).
Abstract
Objectives: To evaluate the prevalence and the prognostic
value of apical aneurysm in an urban cohort of patients
in the chronic phase of Chagas Disease.
Methods: Prospective longitudinal study of a cohort of
1053 Chagas Disease patients recruited between March
1990 and March 2002 and followed up until March 2003.
All patients underwent clinical examination, ECG,
thoracic X-ray and echocardiography on admission to the
hospital. The apical aneurysm was diagnosed by
echocardiography in the presence of endocardial off-line
deformity and persisting systole and diastole. For the
univariate statistical analysis, we employed the Chisquare test to compare categorical variables and Student’s
t test to compare mean values of both groups. Survival
curves (Kaplan-Meier), stratified according to the
presence or absence of apical aneurysm, were built for
the cohort as a whole as well as for specific subgroups.
We applied the log-rank test to compare the survival
curves. Univariate and multivariate Cox analysis were
employed to evaluate the prognostic value of the apical
aneurysm.
Results: The prevalence of ventricular aneurysm was
14%, with 24% of the patients showing abnormal ECG
and 2% showing normal ECG. Apical aneurysm was
associated with a higher frequency of cardiac insufficiency
and cardiomegaly (cardiothoracic index >0.5), lower left
ventricular ejection fraction, larger cavitary diameters and
a higher frequency of mural thrombosis when compared
to patients without apical aneurysm. During a 66±43-
month-follow-up, global mortality rate was 10% affecting
21% of the patients with aneurysm and 8% of the
remaining patients (p<0.0001 – RR: 3.2 – IC=2-5.3). At the
univariate Cox analysis, presence of apical aneurysm was
strongly associated with higher general, cardiac, and sudden mortality. However, at the multivariate analysis,
when applied to ventricular function, was no longer an
independent death predictor neither for the sample
population nor the specific group of patients with
abnormal ECG.
Conclusion: The prevalence of apical aneurysm in this
cohort was smaller than that described in the literature.
In the present study, apical aneurysm was a more relevant
myocardial function marker, but it did not prove to be an
independent death predictor (general, cardiac, and
sudden mortality).
Share