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PODE A VIGILÂNCIA EM SAÚDE SER EMANCIPATÓRIA? UM PENSAMENTO ALTERNATIVO DE ALTERNATIVAS EM TEMPOS DE CRISE
Crise civilizatória
Modernidade
Colonialidade e epistemologias do sul
Crisis of civilization
Modernity
Coloniality and epistemologies of the South
Porto, Marcelo Firpo de Souza | Date Issued:
2017
Alternative title
Can Health Surveillance be emancipatory? An alternative way of thinking about alternatives in times of crisisAffilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este artigo, na forma de ensaio, é um convite à reflexão sobre o caráter emancipatório da vigilância em/da saúde, um debate interrompido na década de 1990. Em tempos de grave crise política e institucional no Brasil e no ano da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (1ª CNVS), é estratégico renovar as discussões teóricas e epistemológicas críticas que fundamentaram a trajetória da medicina social latino-americana e da saúde coletiva nos últimos 40 anos. Para isso, baseamo-nos nos pensamentos críticos da modernidade que articulam o capitalismo, o colonialismo (ou a colonialidade) e o patriarcalismo como os três pilares da dominação, segundo o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Em um contexto de crise civilizatória, repensar a emancipação significa atualizar o significado das lutas sociais em seu relacionamento com o conhecimento e as epistemologias desprezadas pela civilização moderna e ainda presentes no Sul Global, seja nos espaços indígenas e camponeses ou nas periferias urbanas.
Abstract
This article in essay form is an invitation to reflect upon the emancipatory character of health surveillance, a debate that was interrupted in the 1990s. In these times of grave political and institutional crisis in Brazil and in the year of the f irst National Conference on Health Surveillance (1ª CNVS, acronym in Portuguese), it is particularly appropriate to revive the critical theoretical and epistemological discussions that have grounded the trajectory of Latin American social medicine and public health over the last 40 years. To this end, I draw on aspects of critical thinking on modernity devised by the Portuguese sociologist Boaventura de Sousa Santos, who postulates three pillars of domination: capitalism, colonialism (or coloniality), and patriarchy. In the current context of a crisis of civilization, rethinking emancipation requires us to refresh our understanding of the meaning of social struggles in terms of their relationship with the knowledges and epistemologies undermined by modern civilization and still present in the Global South, whether in spaces occupied by indigenous peoples and poor farmers or in urban peripheries.
Keywords in Portuguese
Vigilância em SaúdeCrise civilizatória
Modernidade
Colonialidade e epistemologias do sul
Keywords
Health SurveillanceCrisis of civilization
Modernity
Coloniality and epistemologies of the South
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