Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57547
Type
ArticleCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
ALTERIDADE DO CORPO DO VELHO: ESTRANHAMENTO E DOR NA SAÚDE COLETIVA
Alternative title
Alterity of the body of the elderly: estrangement and pain in Public HealthAffilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Prefeitura de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Prefeitura de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
Na velhice, o corpo doente torna-se estranho e revela uma consciência de alteridade. Este artigo busca investigar como o estranhamento corporal do velho o mobiliza como sujeito, produzindo os endereçamentos de ações próprias na experiência da doença e nas práticas da saúde coletiva. A pesquisa, desenvolvida na abordagem qualitativa de cunho antropológico, fundamenta-se nos pressupostos da etnografia. Foram realizadas entrevistas individuais com roteiro semiestruturado em universo de 57 idosos. A metodologia de Signos, Significados e Ações orientou a coleta e análise dos dados possibilitando a investigação das representações e comportamentos concretos associados à alteridade do corpo. Observou-se o sentido da produção de alteridade em relação a duas categorias analíticas associadas ao envelhecimento e à doença. Nota-se uma cisão entre o corpo ativo da memória e outro vivido com limitações no presente, repercutindo no enfrentamento do autocuidado e adesão ao tratamento. O corpo do velho é herdeiro de uma imagem corporal que se remodela sem cessar, destituindo a pessoa idosa do seu lugar de sujeito contemporâneo de si mesmo, enquanto se torna outrem.
Abstract
In old age, the ailing patient’s body becomes estranged and reveals an awareness of alterity. This paper investigates how the body of the elderly addresses the estrangement as a subject, producing its own actions in the experience of disease and practice of public health. The research, developed using the qualitative approach of an anthropological nature, is based on the assumptions of ethnography. Individual interviews with a semi-structured script in the universe of 57 elderly people were conducted. The methodology of Signs, Meanings and Actions oriented the data collection and analysis enabling the investigation of representations and concrete behaviors associated with the otherness of the body. There was the sense of production of otherness in relation to two analytical categories associated with aging and disease. A split between the active body of the memory and another experienced with limitations in the present is detected, reflecting the confrontation of self-care and adherence to treatment. The body of the elderly individual is heir to a body image that remodels constantly, depriving the elderly of their place as contemporary owners of their bodies, as they become other persons.
Share