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AMAZÔNIA, DESENVOLVIMENTO E RELAÇÕES RACIAIS NA ANTROPOLOGIA DE CHARLES WAGLEY (1940-1950)
Maio, Marcos Chor | Date Issued:
2019
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este artigo versa sobre as relações entre antropologia, saúde, desenvolvimento e relações raciais a partir da experiência do antropólogo norte-americano Charles Wagley no Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), durante a Segunda Guerra Mundial (1942- 1945), e no estudo de comunidade realizado em Gurupá (PA), uma das iniciativas do projeto de criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica (IIHA), sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no ano de 1948. O livro Amazon town (1953) traz a etnografia de Wagley, suas experiências afeitas à antropologia aplicada, além de revelar as marcas da Guerra Fria, da política do Ponto IV, do programa Area Studies, da agenda antirracista da Unesco e, simultaneamente, expressar preocupações quanto aos efeitos considerados irreversíveis dos processos de transformação do mundo da tradição da cultura local. Com o objetivo de minimizar potenciais conflitos suscitados pelas mudanças no universo rural, Wagley pondera que as populações do interior deveriam ser entendidas em seus próprios termos para que a modernização em curso fosse bem-sucedida. Assim, o conhecimento antropológico poderia contribuir para modernização das regiões subdesenvolvidas.
Abstract
This article deals with the relations between anthropology, health, development and race relations from the experience of the American anthropologist Charles Wagley at the Special Public Health Service (Sesp), during the World War II (1942-1945), and in the community study conducted in Gurupá (Pará, Brazil), one of the initiatives of the project of the creation of the International Institute of the Hylean Amazon (IIHA), sponsored by the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Unesco), in the year 1948. The book Amazon town (1953) brings Wagley’s ethnography, his experiences fond of applied anthropology, besides revealing the hallmarks of the Cold War, the politics of Point Four, the Area Studies program, the Unesco’s anti-racist agenda, and at the same time expressing concerns about the irreversible effects of the transformation processes of the world of tradition of local culture. To minimize potential conflicts arising from changes in the rural universe, Wagley considers that the hinterland populations must be understood in their own terms for the ongoing modernization to be successful. Thus, anthropological knowledge could contribute to the modernization of developing regions.
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