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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59102
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TCCCopyright
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Sustainable Development Goals
08 Trabalho decente e crescimento econômicoCollections
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CARREGANDO VIDAS E MORTES: O COTIDIANO DE TRABALHO DE MAQUEIROS HOSPITALARES
Araujo, Luisa Maiola de | Date Issued:
2022
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Sapude Pública. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este estudo é parte do Trabalho de Conclusão da Residência Multiprofissional em Saúde do
Trabalhador (RMST) ofertada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), segundo os pressupostos da Saúde do Trabalhador e da Psicologia
Social do Trabalho. Constitui-se em uma pesquisa-intervenção, de abordagem qualitativa,
realizada no período de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 em um hospital federal de ensino
e pesquisa. O estudo versa sobre as relações entre saúde, trabalho e subjetividade no cotidiano
de maqueiros hospitalares durante a pandemia de Covid-19. Para a obtenção dos dados, foram
analisados documentos de um setor de Saúde do Trabalhador que os atendia, observação direta
no ambiente de trabalho e rodas de conversas com os maqueiros. Com base na narrativa dos
trabalhadores, traçaram-se elementos do trabalho prescrito e real, identificando a
transitoriedade e a invisibilidade enquanto categorias centrais deste cotidiano de trabalho. A
transitoriedade era expressa na identificação do trabalho como maqueiro enquanto algo
transitório, visto o desejo de alguns trabalhadores em mudarem de profissão e no cortejo do
corpo-paciente pelas alas do hospital, carregando macas, cadeiras de rodas e materiais
biológicos. Além do trabalhar no constante movimento e encontro com os outros: pacientes e
trabalhadores, os maqueiros eram cotidianamente atravessados pela transitoriedade da vida ao
realizarem procedimentos em contato direto com a morte, como o transporte de óbito para o
necrotério do hospital e o acompanhamento de familiares durante o reconhecimento deste
corpo. Discute-se, a partir dos dados, possíveis estratégias de intervenção com vista a melhorar
os processos/condições de trabalho e promover ações da saúde do trabalhador no hospital.
Conclui-se que a invisibilidade é uma marca do trabalho dos maqueiros e a necessidade de
pesquisa que abordem a importância de estudos.
Abstract
This study is part of the completion work of the Multiprofessional Residency In Occupational
Health (RMST) offered by the National School Of Public Health (ENSP) of the Oswaldo Cruz
Foundation (Fiocruz), according to the second of occupational health and social psychology of
work. It is an intervention research, with a qualitative approach, carried out from december
2021 to february 2022 in a federal teaching and research hospital. The study deals with the
relationships between health, work and subjectivity in the daily life of hospital stretcher workers
during the covid-19 pandemic. For the maintenance of the data, work jobs from a worker's
health sector were analyzed that direct consultations and wheels in the environment of
conversations with workers. Based on the workers' narrative, the elements of prescribed and
actual work are traced, identifying the transience and invisibility of the central categories of
this daily work. Transience was expressed in the identification of work as a stretcher-bearer as
something transitory, given the desire of some workers to change their profession and in the
procession of the body-patient through the hospital wards, carrying stretchers, wheelchairs and
biologicals. In addition to working in constant movement and meeting with other patients and
workers, osqueiros were daily traversed by the transience of life when transporting death to the
hospital morgue and accompanying the family member who will arrive for the recognition of
this body. Based on the data, the possibilities for intervention with a view to working
processes/conditions to improve and promote the health of workers in the hospital are discussed.
It is concluded that invisibility is a mark of the work of stretcher bearers and the need for
research that addresses the importance of studies.
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