Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60761
Type
ArticleCopyright
Open access
Collections
- COC - Artigos de Periódicos [1234]
Metadata
Show full item record
A ATUAÇÃO DA DIVISÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO ANTIGO ESTADO DA GUANABARA NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ECLÉTICO CARIOCA
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O artigo investiga o processo de atribuição de significância cultural ocorrido entre as décadas de 1960 e 1980, que culminou no reconhecimento da Arquitetura Eclética Carioca enquanto patrimônio cultural protegido por instrumento de tombamento. A Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico do antigo Estado da Guanabara atuou de maneira pioneira no período, salvaguardando exemplares de Arquitetura Eclética de demolições. Ela se tornou a expressão de uma nova ideologia da preservação durante este período. Essa foi uma postura contrária ao, então, discurso político e acadêmico dominante, o qual, ao negar atributos ao ecletismo, respaldava as ações da especulação imobiliária e renovação urbana. As instituições de patrimônio cultural são envoltas por uma aura de objetividade, salientando suas práticas em pareceres supostamente neutros de especialistas. No entanto, suas ações e escolhas nunca são completamente imparciais, pois são produto de seu contexto histórico e social. Para compreender os processos envolvidos na seleção de monumentos é necessário entender as funções político-sociais e ideológicas do patrimônio cultural. São analisados processos de tombamentos ecléticos e contextualizados, historicamente, os embates sofridos pela Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico na luta pela preservação, até a sua extinção. Obras especializadas que contribuíram para uma nova dimensão de compreensão – tanto urbana quanto didática - da Arquitetura Eclética nacional são identificadas. O reconhecimento da Arquitetura Eclética se mostra de interesse para a historiografia
da arquitetura e da preservação porque indica uma nova postura crítica desenvolvida por arquitetos e historiadores da arte em consonância com os princípios gerais da Carta de Veneza, de 1964.
Abstract
The article investigates the process of cultural significance assignment attribution that took place between the decades of 1960 and 1980 and resulted in the recognition of the carioca eclectic architecture as cultural heritage protected by legislation. During that period the Division of Historical and Artistic Heritage of the former state of Guanabara pioneered the action of preserving examples of eclectic architecture from destruction. It became an expression of
preservation new ideological beliefs at the time. This was an attitude contrary to the dominant political and academic discourse which denied the value of eclecticism and endorsed the urban speculation and urban renew. Heritage institutions are able to create a sense of objectivity by stressing the neutrality of the expert judgments on which heritage practices are supposedly based. However they are never completely unbiased because they are the result of its historic and social context. In order to understand the processes involved in the selection of monuments it is therefore crucial to understand the sociopolitical and ideological functions of heritage. Eclectic heritage registries are analyzed and the struggles suffered by the Division of Historical and Artistic Heritage until its extinction are put into historical context. Specialized works that contributed to a new comprehension (both urban and didactic) of the national eclectic architecture dimension are identified. The recognition of the eclectic architecture is important for the architecture and preservation historiography because it indicates a new critical position developed by architects and art historians consonant with the main principles of the Venice Letter of 1964.
Share