Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61112
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE OPIOIDES EM HOSPITAIS FEDERAIS DO BRASIL
Opioides
Uso de Medicamentos
Hospitais Federais
Saúde Pública
Hospitais Federais
Analgésicos Opioides
Saúde Pública
Ética
Prescrições
Cooperação Internacional
Estudos Longitudinais
Almeida, Patrícia Krauze de | Date Issued:
2021
Alternative title
Opioid Utilization Profile in Brazilian Federal HospitalsAuthor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Os opioides são uma classe de analgésicos empregados no tratamento da dor moderada a intensa. O consumo global e as mortes relacionadas ao uso inadequado de opioides aumentaram. Enquanto os países do hemisfério norte debatem sobre uma epidemia de opioides, os países do Sul, como o Brasil, ainda precisam de estudos para medir as diferenças em seu uso e investigar como o consumo de pacientes internados está contribuindo para esse aumento. Foi realizado um estudo longitudinal do consumo, utilizando as compras como proxi do consumo. Os opioides foram selecionados com base nas tendências de consumo nacional e internacional e relevância de uso, de 2010 a 2019, em hospitais federais brasileiros. Os dados das licitações foram coletados do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e dados hospitalares, do Cadastro Nacional de Saúde Estabelecimentos (CNES). Os hospitais foram estratificados por região, número de leitos, complexidade e características do serviço. O consumo foi expresso em mg/100 leitos (uma vez que nem todos os opioides tinham DDD ou S-DDD e as taxas de ocupação não estavam disponíveis para o cálculo dos dias-leito). O consumo geral de opioides em 85 hospitais federais aumentou 159% no período de dez anos, passando de 3,4 milhões mg/100 leitos em 2010 para 8,8 em 2019. Os maiores valores foram registrados em 2014 (36,8 mil mg/100 leitos) em 7 hospitais da região Centro-Oeste, que consumiram 5,5 vezes mais que a região Sudeste, com 17 hospitais. Tramadol e morfina foram os opioides mais consumidos, correspondendo a mais de 95% das compras no período do estudo. Os hospitais federais de grande porte, de média/alta complexidade são vinculados principalmente ao Ministério da Educação, mas o consumo foi liderado por hospitais vinculados ao Ministério da Saúde. Em 2015, hospitais vinculados ao Ministério da Defesa, em sua maioria de baixa/média complexidade, registraram consumo superior aos maiores hospitais federais do país. Apesar das limitações quanto à disponibilidade de dados para o cálculo do nDDD/100 leitos-dia, houve aumento substancial do consumo e disparidades regionais nos hospitais federais. Como os hospitais federais concentram uma quantidade considerável de cuidados de alta complexidade no setor público, medir o consumo de opioides por essas unidades é importante para acompanhar as tendências gerais no Brasil.
Abstract
While countries in the northern hemisphere debate about an opioid epidemic, countries in the South, such as Brazil, still need studies to measure differences in their use and to investigate how inpatient consumption is contributing to this increase. This study aimed to analyze public purchases of opioids in Brazilian federal hospitals. A longitudinal study of consumption was carried out, using purchases as a proxy for consumption. Opioids were selected based on national and international consumption trends and relevance of use, from 2010 to 2019, in Brazilian federal hospitals. Bidding data were collected from the Integrated System for the Administration of General Services (SIASG) and hospital data from the National Registry of Health Establishments (CNES). Hospitals were stratified by region, number of beds, complexity and service characteristics. Consumption was expressed in mg/100 beds (since not all opioids had DDD or S-DDD and occupancy rates were not available for calculating bed days). The general consumption of opioids in 85 federal hospitals increased 159% in the tenyear period, from 3.4 million mg/100 beds in 2010 to 8.8 in 2019. The highest values were recorded in 2014 (36.8 thousand mg/100 beds) in 7 hospitals in the Midwest region, which consumed 5.5 times more than the Southeast region, with 17 hospitals. Tramadol and morphine were the most consumed opioids, corresponding to more than 95% of purchases during the study period. Large federal hospitals, of medium/high complexity, linked mainly to the Ministry of Education, led consumption in practically the entire period. In 2015, hospitals linked to the Ministry of Defense, mostly of low/medium complexity, registered higher consumption than the largest federal hospitals in the country. Despite the limitations on the availability of data for calculating the nDDD/100 bed-days, the study showed a substantial increase in consumption and regional disparities among federal hospitals. As federal hospitals concentrate a considerable amount of highly complex care in the public sector, measuring opioid consumption by these units is important to keep up with general trends in Brazil.
Keywords in Portuguese
Compras HospitalaresOpioides
Uso de Medicamentos
Hospitais Federais
Saúde Pública
DeCS
Serviço Hospitalar de ComprasHospitais Federais
Analgésicos Opioides
Saúde Pública
Ética
Prescrições
Cooperação Internacional
Estudos Longitudinais
Share