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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61272
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2050-12-31
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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CARACTERIZAÇÃO DA IMUNIDADE CELULAR DURANTE A INFECÇÃO HUMANA PELO VÍRUS AMARÍLICO
Vírus selvagem
Vírus vacinal
Imunidade celular
Biomarcadores solúveis
Eventos adversos pós-vacinação
Wild-type virus
Vaccine virus
Cellular immunity
Soluble biomarkers
Post-vaccination adverse events
Imunidade Celular
Marcadores Imunológicos
Virus da Febre Amarela
Vacina contra Febre Amarela
Fradico, Jordana Rodrigues Barbosa | Date Issued:
2022
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brazil.
Abstract in Portuguese
A febre amarela (FA) é uma doença viral febril hemorrágica, infecciosa, de grande importância para a saúde pública, em função da sua gravidade clínica e potencial elevado de disseminação em áreas urbanas. De julho/2016 até junho/2018, Minas Gerais enfrentou o maior surto de FA com mais de 1.000 casos e 340 óbitos confirmados pela doença. Até o momento, são escassos os estudos que abordam a imunidade humoral e celular durante a infeçcão humana pelo vírus amarílico. Frente ao contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a imunidade celular e humoral de indivíduos infectados pelo vírus amarílico. A imunidade celular foi avaliada pela quantificação de quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento sistêmicos séricos por ensaio Multiplex e pelo cultivo in vitro antígeno-específico de longa duração de células mononucleares do sangue periférico. Constam como grupos de estudo pacientes com FA nas fases aguda (dia 1 ao dia 15 após o início dos sintomas: D1-15) e convalescente (D16-315) para ambas as abordagens; e casos suspeitos de eventos adversos pós-vacinação contra FA (YEL-EAFI) para a avaliação por ensaio Multiplex. As análises evidenciaram que a infecção pelo vírus da febre amarela (VFA) selvagem não induziu uma imunidade celular com perfil protetor. A população celular CD4+ de memória central, apesar de não estar associada à proteção, foi um importante fator para não evolução de óbito e hepatite tardia. As análises dos fatores solúveis evidenciaram uma tempestade maciça de mediadores solúveis na FA aguda. Níveis superiores destes mediadores foram observados em pacientes com FA com maiores escores de morbidade, pacientes em terapia intensiva e aqueles que evoluíram para óbito. Por outro lado, níveis mais baixos foram observados em pacientes com FA que evoluíram para hepatite tardia (Hep-tardia). Um pico unimodal de biomarcadores em torno de D4-6 com diminuição progressiva em direção ao D181-315 foi observado em pacientes sem Hep-tardia, enquanto um padrão bimodal com um segundo pico em torno de D61-90 foi associado à Hep-tardia. Os pacientes que evoluíram para alta hospitalar apresentaram diminuição contínua dos biomarcadores e uma rede compacta/integrada, enquanto os que evoluíram para óbito apresentaram perfil estável/aumentado e uma rede segregada. CXCL10 previu FA aguda em comparação com controles com alta precisão (97%); CCL4 identificou pacientes que evoluem para alta hospitalar com acurácia moderada (86%); na doença aguda, altos níveis de IFN- preveniram a Hep-tardia (92%); na fase de convalescença, altos níveis de CXCL8 identificaram Hep-tardia (91%). Somam-se a estas evidências, os achados de positividade para o antígeno NS5 no fígado de pacientes com Hep-tardia, sugerindo persistência viral, mesmo após 60-90 dias após o início dos sintomas. Na análise dos dados de casos de YEL-EAFI, os biomarcadores séricos CCL3, CCL5, IL-15 e IL-1Ra discriminam YEL-EAFI confirmado de casos com outras doenças, seguido por VEGF para discriminar a infecção por VFA do tipo selvagem de casos com outras doenças que não sejam FA com alta precisão geral (91%). Este estudo forneceu um panorama abrangente de evidências de que respostas imunes distintas conduzem a patogênese e progressão da doença na infecção amarílica selvagem e o desenvolvimento de eventos adversos após a vacinação contra a febre amarela.
Abstract
Yellow fever (YF) is a hemorrhagic, infectious, febrile viral disease of great importance to public health, due to its clinical severity and high potential for dissemination in urban areas. From July/2016 to June/2018, Minas Gerais faced the largest outbreak of YF with more than 1,000 cases and 340 deaths confirmed by the disease. There are few studies that address humoral and cellular immunity during human infection with the yellow fever virus. Given the context, the objective of this work was to evaluate the cellular and humoral immunity of individuals infected by the yellow fever virus. Cellular immunity was assessed by quantification of serum chemokines, cytokines and systemic growth factors by multiplex assay and by antigen-specific in vitro culture of peripheral blood mononuclear cells. The study population includes patients with YF in the acute (day 1 to day 15 after symptoms onset: D1-15), and convalescent (D16-315) phases for both approaches; and suspected cases of post-vaccination YF adverse events (YEL-EAFI) were evaluated by Multiplex assay. The data showed that the infection by wild yellow fever virus (YFV) did not induce cellular immunity with a protective profile. The central memory CD4+ cell population, despite not being associated with protection, was an important factor in the non-evolution of death and late hepatitis. The analyzes of the soluble factors showed a massive storm of soluble mediators in acute YF. Augmented levels of soluble mediators were observed in YF patients with higher morbidity scores, patients under intensive care, and those progressing to death. On the other hand, lower levels were observed in YF patients who progress to late-relapsing hepatitis (L-Hep). A unimodal peak of biomarkers around D4-6 with a progressive decrease towards D181-315 was observed in patients without L-Hep, while a bimodal pattern with a second peak around D61-90 was associated with L-Hep. Patients progressing to hospital discharge presented a continuous decrease of biomarkers and a compact/integrated network, while those evolving to death showed a stable/increasing profile and a segregated network. CXCL10 predicted acute YF as compared to controls with high accuracy (97%); CCL4 identified patients who evolve to hospital discharge with moderate accuracy (86%); in acute disease, high levels of IFN- prevented L-Hep (92%); in convalescence disease, high levels of CXCL8 identified L-Hep (91%). Moreover, the positivity for the NS5 antigen in the liver of patients with L-Hep suggested viral persistence, even after 60-90 days following symptoms onset of symptoms. In the analysis of YEL-EAFI, the serum biomarkers CCL3, CCL5, IL-15 and IL-1Ra confirmed YEL-EAFI from cases with other diseases, followed by VEGF to discriminate wild-type YFV infection from cases with other diseases than YF with high overall accuracy (91%). This study provided a comprehensive overview of cellular immunity during YF infection highlighting that a distinct immune responses lead to pathogenesis and disease progression in wild yellow fever infection and the development of adverse events following yellow fever vaccination.
Keywords in Portuguese
Febre amarelaVírus selvagem
Vírus vacinal
Imunidade celular
Biomarcadores solúveis
Eventos adversos pós-vacinação
Keywords
Yellow feverWild-type virus
Vaccine virus
Cellular immunity
Soluble biomarkers
Post-vaccination adverse events
DeCS
Febre AmarelaImunidade Celular
Marcadores Imunológicos
Virus da Febre Amarela
Vacina contra Febre Amarela
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