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ThesisCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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INFECÇÕES POR ROTAVÍRUS EM UMA COORTE PROSPECTIVA DE RECÉM-NASCIDOS E LACTENTES DA COMUNIDADE DE MANGUINHOS, RIO DE JANEIRO, E SUAS CORRELAÇÕES COM A VACINA MONOVALENTE ROTARIX®
Cunha, Denise Cotrim da | Date Issued:
2023
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A expansão global da imunização com a vacina oral contra o rotavírus humano (RV1) reduziu a carga de doença diarreica aguda (DDA) e a mortalidade associada, através da ação direta em imunizados e pela imunidade de rebanho conferida pela circulação do vírus vacinal excretado nas fezes. Embora a transmissão comunitária do vírus vacinal tenha sido comprovada em crianças e contatos domiciliares, a excreção fecal por recém-nascidos e lactentes menores de seis semanas de idade ainda não havia sido demonstrada. O estudo de coorte foi realizado em Manguinhos, comunidade vulnerável da zona norte do município do Rio de Janeiro, com o objetivo de identificar a circulação do genótipo vacinal G1P[8] nas fezes. Os participantes foram acompanhados desde os primeiros dias de vida até dois anos de idade, para detecção do genótipo vacinal antes e após a imunização, e para monitorá-los quanto à presença de DDA. As fezes foram coletadas de recém-nascidos e lactentes quinzenalmente até 45 dias de vida, após ambas as doses de RV1 e em episódios de DDA diagnosticados até os 24 meses de idade. Foi utilizada qRT-PCR para detecção do rotavírus e RT PCR multiplex e/ou pelo método de sequenciamento de nucleotídeos de Sanger para genotipagem (G/P). Os 242 participantes foram acompanhados, em média entre dezembro de 2014 e setembro de 2019. Foram coletadas 890 amostras fecais, triadas com os métodos moleculares citados. A prevalência de G1P[8] vacinal foi de 3,3% em recém-nascidos e lactentes com menos de seis semanas de idade, 50% após a primeira dose e 25,5% após a segunda dose da vacina. Dos 70 participantes que apresentaram DDA durante o período, o rotavírus foi detectado em seis deles, e o genótipo vacinal em apenas um (prevalência de 1,4%). A maioria dos lactentes com DDA era vacinada contra rotavírus e foi tratada ambulatorialmente. Não foram observados eventos adversos pós-vacinais graves após as duas doses de Rotarix®. Este estudo fornece a primeira evidência de mundo real em relação à excreção do genótipo vacinal G1P[8] por recém-nascidos e lactentes com menos de seis semanas de idade em uma comunidade com recursos socioeconômicos limitados. É importante ressaltar que esta população permaneceu assintomática
Abstract
The expansion of immunization with the monovalent vaccine against human rotavirus (RV1) in several countries around the world has reduced the burden of acute diarrheal disease (ADD) and associated mortality, through direct action on immunized subjects and by herd immunity as a result of the circulation of the vaccine virus excreted in feces. Although community transmission of live attenuated monovalent rotavirus vaccine virus has been demonstrated in children and household contacts, fecal shedding of these strains in neonates and infants under six weeks of age has never been demonstrated. This was a prospective cohort study carried out in Manguinhos, a low-resource community situated in the north region of Rio de Janeiro, with the aim of analyzing the circulation of vaccine derived virus G1P[8] detected in stool samples. Participants were followed from the first days of life until 24 months of age, for detection of the vaccine derived virus before and after immunization and to monitor them for the presence of ADD. Samples were collected from neonates and children every two weeks through 45 days of life, after both doses of RV1, and in ADD episodes up to two years of age. Rotavirus shedding was screened by RT-qPCR and G/P genotypes determined by multiplex RT-PCR and/or Sanger nucleotide sequencing. We enrolled 242 participants who were followed from December 2014 to September 2019. During the period, 890 stool samples were collected and screened with the aforementioned molecular methods. The prevalence of RV1 virus was 3,3% in neonates and infants less than six weeks of age, 50% after the first dose, and 25,6% after the second dose of the vaccine. Among the 70 participants who had ADD during the study, rotavirus was detected in seven samples, with RV1 virus being confirmed in only one participant (1.4% prevalence). Most infants with ADD were fully immunized against rotavirus and all were treated on an outpatient basis. No serious post vaccination adverse events were observed after the two doses of Rotarix®. This study provides the first real-world evidence of RV1 virus shedding by neonates and infants under six weeks of age in a resource-limited community. Importantly, this population remained asymptomatic
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