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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61580
O SERVIÇO NACIONAL DE PESTE E O CONTROLE DA PESTE BUBÔNICA NO NORDESTE (1941-1956)
Luna, Simone Evelin Florentino de Souza | Date Issued:
2020
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este trabalho, fruto das pesquisas para a dissertação de mestrado, destaca as ações do Serviço Nacional de Peste (SNP), instituição criada em 1941, subordinada ao Ministério da Educação e Saúde (MES), durante seu período de existência (1941-1956). A peste bubônica chegou ao Brasil em 1899 através do porto de Santos e, a partir deste momento, esforços foram feitos no sentido de controlar a disseminação dos casos da doença que, num primeiro momento, atingiu as regiões portuárias do país. A criação do SNP durante o governo Vargas se inscreveu num quadro de centralização política e de reforma da saúde pública na qual os Serviços Nacionais se propuseram a combater suas respectivas doenças de forma centralizada, unificada e sistemática. Situação que possibilitou uma administração, gerenciamento e profilaxia direcionadas. A reforma de 1941, que reorganizou o Departamento Nacional de Saúde (DNS), institucionalizou o modelo verticalizado de saúde no qual as normas e diretrizes e execução cabiam ao governo federal. Nesse contexto, o SNP e seus servidores intensificariam o combate à doença, a esta altura endêmica no agreste e sertão nordestinos, formulando e executando planos e estratégias de modo a diminuir a sua incidência. Os médicos do Serviço, sanitaristas de dedicação em tempo integral, percorriam periodicamente seus respectivos distritos de modo a fiscalizar as ações dos guardas sanitários e o andamento dos serviços de profilaxia nas regiões mais distantes e com dificuldade de acesso para garantir saúde e alcance de tratamento à população em geral. Tendo em vista que a saúde constituía uma esfera muito importante para as causas políticas da República, argumento como o SNP teria expressado a estratégia de interiorização da autoridade estatal através do trabalho de seus médicos e guardas sanitários. Para tal, utilizo como fontes principais os ‘diários do médico’ de Celso Arcoverde de Freitas, médico do SNP, chefe da 1ª circunscrição (Nordeste Oriental).
Abstract
This work, the result of research for the master's thesis, highlights the actions of the National Plague Service (SNP), an institution created in 1941, subordinate to the Ministry of Education and Health (MES), during its period of existence (1941-1956) . The bubonic plague arrived in Brazil in 1899 through the port of Santos and, from that moment on, efforts were made to control the spread of cases of the disease that, at first, reached the port regions of the country. The creation of the SNP during the Vargas government was part of a framework of political centralization and public health reform in which the National Services proposed to combat their respective diseases in a centralized, unified and systematic way. A situation that enabled targeted administration, management and prophylaxis. The 1941 reform, which reorganized the National Department of Health (DNS), institutionalized the verticalized health model in which standards, guidelines and execution were the responsibility of the federal government. In this context, the SNP and its employees would intensify the fight against the disease, which is now endemic in the northeastern countryside and hinterland, formulating and executing plans and strategies in order to reduce its incidence. The Service's doctors, full-time sanitarians, periodically visited their respective districts in order to monitor the actions of the sanitary guards and the progress of prophylaxis services in the most distant regions with difficult access to guarantee health and treatment reach to the population. general population. Bearing in mind that health constituted a very important sphere for the political causes of the Republic, I argue how the SNP expressed the strategy of internalizing state authority through the work of its doctors and health guards. To do this, I use as main sources the ‘doctor’s diaries’ of Celso Arcoverde de Freitas, SNP doctor, head of the 1st district (Eastern Northeast).
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