Histórias da velhice na pandemia de COVID19: os sentidos da vida e a resistência cotidiana de idosos do Distrito Federal

Abstract

A pandemia de Corona Vírus (COVID-19) causou feridas profundas na humanidade, e a população idosa foi a que mais sofreu. Mais especificamente no Brasil, um país que já sofre por inúmeros fatores, a pandemia teve resultados infelizmente avassaladores. Não obstante os desafios de se envelhecer com saúde, o COVID-19 trouxe consigo o isolamento social como uma ferramenta de sobrevivência das pessoas idosas que já sofriam muito antes do vírus. Nesse contexto, esta dissertação objetivou analisar os efeitos da ruptura da rotina de idosos entre 60 e 85 anos, gerada pela pandemia de COVID-19. Para tanto, foi realizado uma pesquisa de campo com cunho exploratório, ancoradas pela metodologia qualitativa através de entrevistas com diálogo semi-estruturado, com moradores do Distrito Federal. Para a apresentação das narrativas utilizou-se a primeira pessoa, proporcionando uma aproximação sensível com os participantes. Como resultados da pesquisa obteve-se que todos os participantes se utilizaram de ferramentas para combater os impactos do isolamento social e a grande maioria dos entrevistados se questionou sobre o sentido da vida depois da eclosão da pandemia. Através dos dados obtidos, extraiu-se um perfil dos participantes e vieram à tona diversos assuntos como a questão de gênero, diferenças sociais e regionais, e espiritualidade. Este estudo evidenciou a profundidade do impacto gerado por corona vírus na vida de pessoas idosas que estiveram em isolamento social