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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61670
LANDSCAPE AND BUILDINGS CRAFTING NATIONAL HERITAGE
Aguiar, Barbara Cortizo de | Date Issued:
2023
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / University of Texas at Austin. School of Architecture. Austin, TX, Estados Unidos da América.
Abstract in Portuguese
Neste artigo, discuto o papel da arquitetura e da paisagem cultural na criação da identidade nacional e nos processos de construção da nação do nosso continente. Mais especificamente, examino a criação de institutos de património nacional nos Estados Unidos e no Brasil no início dos anos 1900 para mostrar como os países imaginaram a sua identidade nacional através de esforços de preservação e do ambiente construído. Como esses processos podem ser compreendidos através de sua ocupação territorial, defendo que o patrimônio nacional nos Estados Unidos e no Brasil foi definido como paisagens e edifícios, respectivamente. Olhando para paisagens e edifícios, analiso como o Serviço de Parques Nacionais e o Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional foram parcialmente responsáveis pela elaboração das identidades nacionais dos países, preservando um aspecto predominantemente branco de suas histórias. Primeiro, exploro a narrativa individual do Serviço Nacional de Parques, procurando compreender como esta agência definiu a noção de património nacional do país. Apresento os primeiros eventos de preservação histórica nos Estados Unidos e discuto a imagem geral do lugar e da identidade derivada desses esforços. Discuto a criação dos primeiros parques nacionais e como isso levou à criação de um gabinete para gerir e preservar o património dos Estados Unidos. Em segundo lugar, discuto o papel do historicismo e da arquitetura na formação do patrimônio nacional brasileiro de 1838 a 1938. Apresento a criação dos primeiros escritórios de memorialização no século XIX. Em seguida, mostro como essa narrativa mudou no século XX. Por fim, defendo que, ao utilizar a arquitetura como símbolo de diferentes períodos históricos do Brasil, ela se tornou um elemento fundamental na formação do patrimônio brasileiro. Os governos e as instituições nacionais decidem quais os aspectos que serão excluídos da sua narrativa, aclamando determinados eventos e celebrando-os como património. Com esta premissa em mente, procuro compreender como dois países diferentes criaram dois mitos fundadores diferentes que desde então têm sido utilizados para definir a identidade e os valores nacionais. Analiso os estudos do património nacional discutindo a celebração e o apagamento nas narrativas do património nacional.
Abstract
In this paper, I discuss the role of architecture and cultural landscape in our continent’s national identity creation and nation-building processes. More specifically, I examine the creation of national heritage institutes in the United States and Brazil in the early 1900s to show how countries imagined their national identity through preservation endeavors and the built environment. As these processes might be understood through their territorial occupation, I argue that national heritage in the United States and Brazil were defined as landscapes and buildings, respectively. Looking at landscapes and buildings, I analyze how the National Park Service and the Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional were partially responsible for crafting the countries’ national identities by preserving a mostly white aspect of their histories. First, I explore the individual narrative of the National Park Service, seeking to understand how this agency defined the country’s notion of national heritage. I present the first events of historic preservation in the United States and discuss the general image of place and identity derived from those endeavors. I discuss the establishment of the first national parks and how that led to creating a bureau to manage and preserve the United States’ heritage. Second, I discuss the roles of historicism and architecture in shaping Brazilian national heritage from 1838 to 1938. I present the creation of the first memorialization offices in the nineteenth-century. Then, I show how this narrative changed in the twentieth century. Last, I argue that, by using architecture as a symbol of different historical periods in Brazil, it became a fundamental element in shaping the Brazilian heritage. Governments and national institutions decide what aspects will be excluded from their narrative by acclaiming certain events and celebrating them as heritage. With this premise in mind, I seek to understand how two different countries created two different foundation myths that have since been used to define national identity and values. I look at national heritage studies by discussing celebration and erasure in national heritage narratives.
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