Análise de compósitos de hidroxiapatita e alginato com potencial para aplicação futura com biomateriais ortopédicos

Abstract

Diante das limitações dos enxertos naturais nas áreas ortopédica e odontológica, torna-se cada vez mais necessária à compreensão da interação de células e de materias propostos como substituintes sintéticos de tecidos. Sendo assim, a caracterização destes possíveis enxertos, bem como sua influência no comportamento celular, permite o aperfeiçoamento da produção de implantes que apresentam uma potencial aplicabilidade em Bioengenharia Tecidual. Os objetivos gerais deste trabalho foram analisar a superfície de biocompósitos de hidroxiapatita e alginato calcinados a 1150°C ou não e a avaliação da interação de células osteoblásticas murinas cultivadas sobre biocerâmicas. Ao longo deste estudo, foram utilizados principalmente métodos de microscopia óptica convencional, confocal, eletrônica de varredura, transmissão/difração de elétrons para caracterização dos materiais; ensaios de proliferação celular, avaliação da adesão, detecção de marcadores de osteoblastos murinos cultivados sobre pastilhas de hidroxiapatita e alginato e ensaios de MTT para avaliar a viabilidade das células. Pode-se concluir que há diferenças na superfície dos materiais calcinados e os que não foram submetidos a elevadas temperaturas durante a síntese, pois estes se apresnetaram mais compactos. Os compósitos calcinados não sofreram alterações em sua superfície diante das condições necessárias a cultura de osteoblastos. Estas células se apresnetaram aderidas, espraiadas, capazes de emitirem prolongamentos para as adjacentes, porém com uma baixa proliferação e viabilidade quando cultivadas por apenas 48 horas. Dados imunohistoquímicos mostraram a expressão de marcadores de diferenciação celular tais como osteopontina e a alfa-actina de músculo liso sobre o biomaterial testado.