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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61839
INTERFERÊNCIA DO REGULADOR TRANSCRICIONAL OXYR NA CAPACIDADE DE SOBREVIÊNCIA E VIRULÊNCIA DE BACTEROIDES FRAGILIS IN VIVO E IN VITRO
OxyR
Catalase
Aerotolerância
Estresseoxidativo
Virulência
Ferreira, Livia Queiroz | Date Issued:
2007
Author
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Bacteroides fragilis é um microrganismo anaeróbio habitante do trato intestinal humano que nos últimos anos tem sido considerado como altamente aerotolerante, sendo capaz de sobreviver por mais de 48h na presença de O2 sem perda significativa em sua viabilidade. Neste estudo, avaliamos se o regulador transcricional OxyR, responsável pela resposta adaptativa ao peróxido de hidrogênio e ao oxigênio, interfere com a sobrevivência e virulência de B. fragilis através de análises comparativas do comportamento de cepas parental e mutantes. Em ensaios para a avaliação da interferência na capacidade de sobrevivência in vitro, a cepa 638R parental e as mutantes oxyR e katB foram expostas ao oxigênio pela agitação das culturas em atmosfera aeróbia. Em diferentes tempos (0, 4, 7, 18 e 24h) foram retiradas alíquotas para a contagem de células viáveis. A cepa parental, assim como a mutante katB, não apresentou decréscimo na viabilidade celular após 24h de exposição ao oxigênio, enquanto a mutante oxyR apresentou decréscimo de 50% na contagem de células viáveis. Experimentos com modelo animal foram realizados através da implantação de câmaras contendo uma suspensão bacteriana (109 UFC/mL) na cavidade peritoneal de camundongos. As câmaras foram retiradas nos tempos 0, 4, 24 e 48h pós-implantação para determinação de UFC/mL. Neste experimento, as cepas parental e mutantes não apresentaram decréscimo na viabilidade celular. Para avaliar a sobrevivência das cepas frente a macrófagos (M) peritoneais residentes, foram realizados ensaios de interação bactéria:M por 1h. Pôde-se observar uma maior susceptibilidade a morte por M para a cepa mutante oxyR (99,08%) em relação à cepa 638R e mutante katB (taxas de mortalidade de 63,4% e 94,33%, respectivamente). Microscopia eletrônica de varredura foi realizada na tentativa de observar alterações morfológicas nos macrófagos após interação com as cepas de B. fragilis. Nenhuma alteração foi detectada para as 3 cepas. Um modelo in vivo de infecção intraperitoneal foi utilizado para avaliação da capacidade de indução de abscessos. A cepa 638R foi capaz de induzir um número menor de abscessos e também de menor tamanho, quando comparados aos das cepas mutantes. A contagem de UFC/mL/mm de abscesso da cepa parental foi similar à da cepa IB 298, enquanto que a da cepa IB 260 foi maior. Juntos, estes resultados mostram que a resistência de B. fragilis ao estresse oxidativo desempenha um papel na sua sobrevivência em ambientes oxigenados, mas em condições in vivo este regulon parece interferir na capacidade de indução de abscessos pela espécie.
Keywords in Portuguese
Bacteroides fragilisOxyR
Catalase
Aerotolerância
Estresseoxidativo
Virulência
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