Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62005
Type
ArticleCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
- COC - Artigos de Periódicos [1234]
Metadata
Show full item record
MÁRIO DE ANDRADE, SUAS CARTAS E NÓS: UMA DOENÇA QUE NÃO EXISTE MAIS E A DOENÇA DOS NOSSOS DIAS
Wegner, Robert | Date Issued:
2021
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Aborda a identificação de Mário de Andrade (1893-1945) com o diagnóstico médico da “neurastenia” e argumenta que o escritor afirmou sua “vontade forte” ao se reconhecer portador de “nervos fracos”, a principal característica dessa doença. O médico norte-americano Geoge M. Beard (1839-1883) que, em 1869, formulou o diagnóstico de neurastenia, atribuiu sua ocorrência aos tempos modernos e ao excesso de estímulos nervosos nas grandes cidades. A partir dessa reflexão histórica, ensaio uma conexão entre a experiência existencial de Mário de Andrade e a nossa experiência diante de uma doença nova, a Covid-19, fortemente conectada ao capitalismo globalizado e à devastação ambiental e que, se não é uma doença de ordem psiquiátrica, provoca desafios a nossa estabilidade emocional. Assim como Mário foi um exímio escritor de cartas, o texto salienta a importância dos meios contemporâneos de comunicação para a manutenção de laços de sociabilidade e de amizade em tempos difíceis.
Abstract
The article explores the identification of Mário de Andrade (1893-1945) with the medical diagnosis of “neurasthenia”, and argues the Brazilian writer affirmed his “strong will” from the recognition of having “weak nerves”, the trait of this disease. The American physician Geoge M. Beard (18391883) formulated the diagnosis of neurasthenia in 1869. He attributed its occurrence to modern times and large cities. Based on the historical reflection, I suggest a link between Mário de Andrade’s existential experience and our experience in the face of a new disease. The Covid-19 is connected to globalized capitalism and environmental devastation, and it is a disease that challenges our emotional stability. Just as Mário was a good letter writer, I argue that social media can serve to cultivate friendship in difficult times.
Share