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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62042
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- IFF - Teses de Doutorado [183]
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ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE E DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO DO PARTO VAGINAL COMPARADO À CESARIANA ELETIVA EM GESTANTES DE RISCO HABITUAL
Cesárea
Parto Normal
Gestão em Saúde
Economia da Saúde
Cesarean Section
Natural Childbirth
Health Management
Health Economics
Parto Normaleconomia
Cesáreaeconomia
Gestão em Saúde
Economia e Organizações de Saúde
Entringer, Aline Piovezan | Date Issued:
2017
Author
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A cirurgia cesariana se tornou o método de nascimento prevalente no Brasil, representando 57% dos nascimentos em 2014. Quando desagregada para a saúde suplementar e para o Sistema Único de Saúde, a taxa é de 85% e 43%. As cesarianas realizadas sem indicação clínica estão relacionadas com piores desfechos maternos e neonatais, o que pode aumentar o custo da assistência à saúde. Objetivo: O objetivo desse estudo foi realizar uma análise de custo-efetividade do parto vaginal comparado à cesariana eletiva, sem indicação clínica, para gestantes de risco habitual no Sistema Único de Saúde e na Saúde Suplementar e calcular o impacto orçamentário da tecnologia mais custo-efetiva para o Sistema Único de Saúde. Método: A análise de custo efetividade foi realizada sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde provedor da assistência e da saúde suplementar representada pelas operadoras de saúde. Um modelo de decisão analítico foi desenvolvido e incluiu a escolha do tipo de parto e consequências clínicas para mãe e recém-nascido da internação para o parto até a alta hospitalar. As medidas de efetividade foram identificadas a partir da literatura científica. A população de referência foi a de gestantes de risco habitual, subdivididas em primíparas e multíparas com uma cicatriz uterina prévia. Os dados de custos para o Sistema Único de Saúde foram obtidos em três maternidades públicas. Foram identificados custos diretos com recursos humanos, insumos hospitalares, custos de capital e administrativos, através do método de microcusteio. Para saúde suplementar, as informações de custo foram obtidas através de consulta aos profissionais de saúde, tabelas das operadoras dos planos de saúde, Revista Simpro Hospitalar e Guia Farmacêutico Brasíndice. A análise de impacto orçamentário foi realizada sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde para o horizonte temporal de cinco anos. Utilizou-se um modelo de regressão de Poisson para projetar o número de nascidos vivos de 2016 a 2020. O cenário de referência desta análise considerou 29% de cesarianas em excesso no país. Essa taxa foi variada nos cenários alternativos. Resultados: O estudo evidenciou que o parto vaginal é mais custo efetivo para primíparas de risco habitual nas duas perspectivas adotadas, apresentando menor custo e melhor ou igual efetividade. Para multíparas no Sistema Único de Saúde, a cesariana de repetição foi custo-efetiva para os desfechos morbidade materna evitada, ruptura uterina evitada e internação em unidade de terapia intensiva neonatal evitada. Para os desfechos óbito materno e neonatal evitados, o parto vaginal foi dominante. Na perspectiva da saúde suplementar, a cesariana se mostrou com custo inferior ao do parto vaginal, com melhor ou igual efetividade, sendo mais eficiente para as multíparas. A análise de impacto orçamentário identificou que as cesarianas em excesso geram um custo de mais de R$250 milhões ao ano para gestantes de risco habitual sem cicatriz uterina prévia e com uma cicatriz prévia atendidas no Sistema Único de Saúde. Conclusão: Este estudo pode contribuir para a gestão da atenção perinatal e reforça a necessidade de controle e auditoria das cesarianas sem indicação clínica e de medidas que estimulem o parto adequado de acordo com as características da população.
Abstract
Introduction: The cesarean section has become the prevalent birth method in Brazil, accounting for 57% of births in 2014. When disaggregated for supplementary health and the Unified Health System the rate is 85% and 43%. Cesarean section when performed without clinical indication are related to worse maternal and neonatal outcomes, which may increase the cost of health care. Objective: The objective of this study was to perform a cost-effectiveness analysis of vaginal delivery compared to elective cesarean section, with no clinical indication, for low risk pregnant women in the Unified Health System and in the supplementary health and to calculate the budget impact of the most cost effective method for the Unified Health System. Method: The cost-effectiveness analysis was performed under a perspective of the Unified Health System provider of health care and supplementary health represented by health care providers. An analytical decision model was developed and included the choice of delivery type and clinical consequences for the mother and newborn from admission to hospital discharge. The measures of effectiveness were identified from the scientific literature. The reference population were low risk pregnants subdivided into primiparous and multiparous women with a previous uterine scar. The cost data for the Unified Health System were obtained from three public maternity hospitals. Direct costs were identified with human resources, hospital supplies, capital and administrative costs through the micro-costing method. For additional health, cost information was obtained through consultation with health professionals, tables of health plan operators and Brazilian magazines Simpro Hospitalar and Guia Farmaceutico Brasíndice. The analysis of budget impact was carried out under the perspective of the Unified Health System for the time horizon of five years. A Poisson regression model was used to estimate the number of live births from 2016 to 2020. The reference scenario of this analysis considered 29% of cesarean sections in excess in the country. This rate was varied in alternative scenarios. Results: The study showed that vaginal delivery is more cost-effective for low risk nulliparous woman in the two perspectives adopted, presenting lower cost and better or equal effectiveness. For multiparous women in the Unified Health System, recurrent cesarean section was cost effective for the outcomes of avoided maternal morbidity, avoided uterine rupture and avoided hospitalization in neonatal unit intensive care, and for the outcomes of avoided maternal and neonatal death, the vaginal delivery was dominant. From the perspective of supplementary health, cesarean delivery was shown to cost less than vaginal delivery and better or equal effectiveness, being more efficient for multiparous women. The budget impact analysis identified that the excess cesarean section generates a cost of about R$250 million per year for low risk pregnant women in the Unified Health System, without prior uterine scarring and with a previous scar. Conclusion: This study can contribute to the management of perinatal care and reinforces the need for control and audit of cesarean sections without clinical indication and measures that stimulate adequate delivery according to the characteristics of the population.
Keywords in Portuguese
Avaliação de Custo-EfetividadeCesárea
Parto Normal
Gestão em Saúde
Economia da Saúde
Keywords
Cost-Effectiveness EvaluationCesarean Section
Natural Childbirth
Health Management
Health Economics
DeCS
Avaliação de Custo-EfetividadeParto Normaleconomia
Cesáreaeconomia
Gestão em Saúde
Economia e Organizações de Saúde
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