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- IFF - Teses de Doutorado [187]
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ANÁLISE DO RETORNO VENOSO INTRA E EXTRACRANIANO EM PACIENTES COM CRANIOSSINOSTOSES COMPLEXAS E SINDRÔMICAS
Craniossinostoses Sindrômicas
Circulação Colateral
Forame Jugular
Retorno Venoso
Skull Base
Syndromic Craniosynostosis
Venous Outflow
Collateral Circulation
Jugular Foramen
fisiopatologia
Forâmen Jugular
Base do Crânio
anatomia e histologia
Circulação Colateral
Cervante, Tatiana Protzenko | Date Issued:
2022
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução. Retorno venoso extracraniano anormal é um importante fator relacionado às craniossinostoses complexas, sendo responsável por alta morbimortalidade. Associa-se a essa circulação, a estenose ou atresia do forame jugular, existindo dúvida na literatura se a presença de circulação colateral venosa é causa da estenose de forame, gerando hipertensão venosa; se o desenvolvimento da circulação venosa acontece como consequência da hipertensão intracraniana ou se existem componentes intrínsecos levando à formação de veias anômalas. Objetivo. Analisar o retorno venoso completo (intra e extracraniano) pré-operatório de pacientes com craniossinostoses complexas e sindrômicas e avaliar a sua relação com a: morfologia da base do crânio, funcionalidade dos forames e seios durais, hipertensão intracraniana e diagnostico sindrômico e molecular. Método. Estudo Retrospectivo e prospectivo de pacientes com craniossinostose complexa ou sindrômica submetidos à angiotomografia com fase venosa no Instituto Fernandes Figueira a partir de 2014. Para avaliação da gravidade do retorno venoso extracraniano foi elaborada uma classificação vascular, categorizando os pacientes em leves, moderados e graves. Essa classificação consistiu em uma pontuação em cada região de circulação colateral estudada, variando de 0 a 3. Desta forma, sendo 9 regiões de interesse (frontais, parietais, mastoides, condilares esquerda e direita e circulação transoccipital), a classificação variou entre 0 quando ausência completa de circulação colateral até 27, considerado a possibilidade mais grave apresentada. De acordo com o Cluster Hierárquico, os pacientes foram classificados em 3 categorias de circulação venosa extracraniana: Leve – pontuação vascular entre 0 e 9; Moderada – pontuação vascular entre 10 e 18; Grave – pontuação vascular entre 19 e 27. Os 3 grupos Moderada – pontuação vascular entre 10 e 18; Grave – pontuação vascular entre 19 e 27. Os 3 grupos foram comparados quanto à morfologia da base do crânio (áreas, medidas anteroposteriores e volumes do forame jugular, forame magno e fossa posterior), quanto ao retorno venoso intracraniano (seios venosos durais, funcionalidade do forame jugular), quanto à hipertensão intracraniana (número de suturas acometidas, presença de malformação de Chiari I, hidrocefalia, ventriculomegalia) e quanto às síndromes apresentadas (manifestações fenotípicas e estudo molecular). Resultados. Dentre o total de 45 pacientes, 44,4% (n= 20) pertenciam ao grupo leve, 37,8% (n= 17) ao grupo moderado e 17,8% (n= 8) ao grupo grave. A circulação venosa extracraniana não se correlacionou com as medidas anteroposteriores, transversas, de área e de volume dos forames jugulares, forame magno ou da fossa posterior, com o número de suturas acometidas, com a classificação dos seios venosos intracranianos e da fossa posterior, com a hidrocefalia ou ventriculomegalia. A malformação de Chiari I é mais frequente em pacientes mais graves (p valor <0,001). As mutações identificadas se correlacionaram com a gravidade da circulação venosa extracraniana (pvalor <0,001). Conclusões. A estratificação de pacientes em uma classificação vascular permite a avaliação mais adequada dos fatores que historicamente são relacionados à circulação venosa colateral em Craniossinostoses complexas e sindrômicas. As alterações venosas extracranianas não se correlacionaram diretamente com as alterações morfológicas da base do crânio, com a funcionalidade dos seios durais ou com sinais de hipertensão intracraniana. Essas alterações parecem ser resultado de manifestações intrínsecas relacionadas ao genótipo, sendo as mutações no gene FGFR2 mais gravemente relacionadas à circulação venosa extracraniana. Pacientes com síndrome de Pfeiffer apresentaram a classificação venosa extracraniana mais grave, seguido pelas síndromes de Crouzon, Apert, Jackson-Weiss, Saerthre-Chotzen e craniossinostoses complexas negativas. As veias emissárias mais frequentemente encontradas foram as condilares e mastóides, seguidas da circulação transóssea occipital. Atresia funcional do forame jugular se correlaciona com a gravidade da circulação venosa extracraniana e pode ser consequência da atividade molecular intrínseca no endotélio durante a formação do sistema venoso.
Abstract
Introduction. Abnormal extracranial venous outflow is an important factor related to complex craniosynostosis, that can lead to high morbidity and mortality. It has been associated with stenosis or atresia of the jugular foramen. In fact, there is doubt in the literature if the collateral venous circulation is caused by Jugular foramen stenosis, generating venous hypertension or if the development of the venous circulation happens as a consequence of intracranial hypertension or whether if there are intrinsic components leading to the formation of anomalous veins. Objective. To analyze the preoperative complete venous outflow (intra and extracranial) of patients with complex and syndromic craniosynostosis and to evaluate its relationship with: morphology of the skull base, functionality of the jugular foramina and dural sinuses, intracranial hypertension and syndromic and molecular diagnosis. Method. A retrospective and prospective study of patients with complex or syndromic craniosynostosis on CT angiography with venous phase at Instituto Fernandes Figueira from 2014 to 2022. To assess the severity of extracranial venous drainage, a vascular classification was developed, categorizing patients into mild, moderate and severe. The classification consisted of a score in each region of collateral circulation studied, ranging from 0 to 3. Thus, with 9 regions of interest (frontal, parietal, mastoid, left and right condylar and transoccipital circulation), the classification ranged from 0 when absence collateral circulation up to 27, considered the most serious possibility presented. According to the Hierarchical Cluster, patients were in 3 extracranial circulation categories: Mild – vascular assessment between 0 and 9; Moderate – vascular assessment between 10 and 18; Severe – vascular assessment between 19 and 27. The 3 groups were compared regarding skull base morphology (areas, measurements of jugular foramen and foramen magnum, and posterior fossa volumes), intracranial venous outflow (dural venous sinuses, jugular foramen functionality), and intracranial hypertension (number of affected sutures, presence of Chiari I malformation, hydrocephalus, ventriculomegaly) and the syndromes presented (phenotypic manifestations and molecular study). Results. Among the 45 patients, 44.4% (n=20) belonged to the mild group, 37.8% (n=17) to the moderate group and 17.8% (n=8) to the severe group. The extracranial venous circulation does not correlate with the anteroposterior, transverse, area and volume measurements of the jugular foramen, foramen magnum or posterior fossa, with the number of affected sutures, with the intracranial venous sinuses and the posterior fossa, with the hydrocephalus or ventriculomegaly. Chiari I malformation correlates with the most severe patients (p value <0.001). The mutations identified correlate with the severity of the extracranial venous circulation (p-value <0.001). Conclusions. The stratification of patients in a vascular classification allows a more adequate evaluation of the factors that are historically related to the collateral venous circulation in complex and syndromic craniosynostosis. Extracranial venous changes did not directly correlate with morphological changes in the skull base, functionality of the dural sinuses, or with signs of intracranial hypertension. These alterations seem to be the result of intrinsic manifestations related to the genotype, with mutations in the FGFR2 gene most severely related to extracranial venous circulation. Patients with Pfeiffer syndrome had the most severe extracranial venous classification, followed by Crouzon, Apert, Jackson-Weiss, Saerthre-Chotzen and complex negative craniosynostosis. The emissary veins most frequently found were the condylar and mastoid veins, followed by the occipital transosseous circulation. Functional atresia of the jugular foramen correlates with the severity of extracranial venous circulation and may be a consequence of intrinsic molecular activity in the endothelium during formation of the venous system.
Keywords in Portuguese
Base do CrânioCraniossinostoses Sindrômicas
Circulação Colateral
Forame Jugular
Retorno Venoso
Skull Base
Syndromic Craniosynostosis
Venous Outflow
Collateral Circulation
Jugular Foramen
DeCS
Craniossinostosesfisiopatologia
Forâmen Jugular
Base do Crânio
anatomia e histologia
Circulação Colateral
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