Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62082
Type
ArticleCopyright
Open access
Collections
- COC - Artigos de Periódicos [1210]
Metadata
Show full item record
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: PERSPECTIVA DE MÉDICOS PROFESSORES DE OBSTETRÍCIA
Violência Obstétrica
Obstetrícia
Educação Superior
Educação profissional
Alternative title
Obstetric violence: perspective of medical teachers of ObstetricsAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Objetivo: analisar a percepção de médicos professores de obstetrícia sobre violência obstétrica. Método: trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada em entrevistas semiestruturadas, com dez obstetras que atuam como docentes de uma faculdade de Medicina na cidade do Rio de Janeiro. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: a discussão captou diferentes nuances do tema proposto, tais como os múltiplos sentidos do termo violência obstétrica; os diferentes pontos de vista sobre a autonomia das mulheres; sobre o papel das políticas públicas em questão ao problema e as críticas ao que os médicos entendem como violência reversa. Observa-se que grande parte dos médicos professores desconhece a acepção específica do termo e o considera inadequado e ofensivo à categoria médica; resumem a violência obstétrica a agressões físicas e pensam a autonomia das mulheres como uma instância que deve ser limitada pela autoridade médica. Embora conscientes do problema, apresentam uma postura defensiva frente à questão, vendo-a como uma forma de diferentes grupos se voltarem contra sua corporação. Conclusão: tendo em vista a importância da atuação do professor na formação dos médicos e o fato de que,
para além da formação técnica, o contato com os professores formata comportamentos, reflexões, práticas e até mesmo valores dos acadêmicos, conclui-se que é necessário um maior conhecimento docente sobre os aspectos mais controversos da humanização do parto e maior reconhecimento do das questões de poder e autonomia que subjazem a relação dos médicos com as parturientes.
Abstract
Objective: to analyze the perception of obstetrics teachers about obstetric violence. Method: this is a qualitative research, based on semi-structured interviews, with ten obstetricians who work as teachers at a medical school in the city of Rio de Janeiro. The project was approved by the Research Ethics Committee. Results: the discussion captured different nuances of the proposed theme, such as the multiple meanings of the term obstetric violence; the different points of view on women's autonomy; on the role of public policies in question to the problem and criticism of what doctors understand as reverse violence. It is observed that most of the medical professors are unaware of the specific meaning of the term and find it inappropriate and offensive to the medical category. They summarize obstetric violence to physical assaults and think of women's autonomy as an instance that should be limited by medical authority. Although aware of the problem, they have a defensive stance towards the issue, seeing it as a way for different groups to turn against their corporation. Conclusion: in view of the importance of the teacher's role in the training of doctors and the fact that in addition to technical training, contact with teachers shapes behaviors, reflections, practices and even values of academics, it is concluded that it is necessary the demystification of obstetric violence, based on greater teacher knowledge on the most controversial aspects of humanization of childbirth and greater recognition of the issues of power and autonomy that underlie the relationship of doctors with parturients.
Keywords in Portuguese
PartoViolência Obstétrica
Obstetrícia
Educação Superior
Educação profissional
Share