RADIS: Comunicação e Saúde, número 257, fevereiro

Abstract

Na edição de capa, a revista Radis destaca a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em Brasília, que reuniu mais de 2 mil participantes, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários do SUS. O evento ressaltou a necessidade de fortalecer a Política Nacional de Saúde Mental, que busca substituir os tratamentos manicomiais por cuidados humanizados e em liberdade. Entre 2016 e 2022, essa política foi enfraquecida, favorecendo as "comunidades terapêuticas", criticadas como "novos manicômios". O repórter Glauber Tiburtino entrevistou três delegados do segmento de cidadãos usuários do SUS, cujas histórias destacam a importância do acolhimento humano e dos cuidados especializados em saúde mental. Vanilson Torres, representante da população em situação de rua no Conselho Nacional de Saúde, enfatiza que o cuidado em saúde mental deve focar em moradia digna, trabalho, renda e políticas públicas estruturantes. Liseane Morosini aborda as mudanças climáticas e a desigualdade nos seus impactos, discutindo agroecologia, "capitalismo verde", transição energética e justiça climática. Em entrevista a Adriano De Lavor, Weibe Tapeba, secretário especial de saúde indígena, fala sobre a situação dos Yanomami um ano após a decretação de Emergência Sanitária devido à desassistência e mineração ilegal. Luiz Felipe Stevanim recupera o legado de Abdias Nascimento, cujo nome foi incluído no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Izabelly Nunes resenha "A palavra que resta" de Stênio Gardel, vencedor do National Book Award de melhor obra traduzida de literatura nos Estados Unidos, abordando aceitação e silenciamento de pessoas LGBTQIA+ no Sertão nordestino. A seção Pós-Tudo destaca o desfile da escola de samba Arranco do Engenho de Dentro, que homenageou Nise da Silveira, psiquiatra revolucionária no cuidado com pacientes com transtornos mentais.