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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62852
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-Estar08 Trabalho decente e crescimento econômico
16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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DIMENSÕES DA VIOLÊNCIA ARMADA NO COTIDIANO DO CUIDADO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Violência com Arma de Fogo
Violência no Trabalho
Profissional de Saúde
Atenção Primária à Saúde
Duque de Caxias, RJ
Violência
Violência no Trabalho
Pessoal de Saúde
Atenção Primária à Saúde
Condições de Trabalho
Pesquisa Qualitativa
Entrevistas como Assunto
Lemos, Andrea Nazaré Rezende | Date Issued:
2021
Alternative title
Dimensions of armed violence in the daily life of Primary Health CareAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A violência se converteu em um problema de Saúde Pública devido à sua condição endêmica com alto número de vítimas e suas consequências físicas e emocionais nos indivíduos. O serviço de Atenção Primária, porta de entrada do sistema de saúde, está disponível em locais mais próximos da população, inclusive naqueles territórios com maior risco social. Esse estudo objetivou analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre a violência relacionada ao trabalho, em especial a violência armada, e suas consequências para o cuidado em saúde. Tratouse de uma pesquisa qualitativa e entrevista com 13 profissionais de saúde de uma Unidade da Estratégia de Saúde da Família do município de Duque de Caxias/Rio de Janeiro. A análise foi baseada na narrativa fenomenológica e as categorias foram: violência armada no trabalho; outras violências no trabalho; violência armada no cuidado; apoio para lidar com violência armada no trabalho; estratégias para mitigar o risco de violência armada; banalização da violência armada. A pesquisa concluiu que os trabalhadores se sentem muito vulneráveis em atuar no território de violência armada por sua forma imprevisível, não sabendo como agir em situações de confronto e roubos. Foi observada uma diferença no reconhecimento dos sinais de violência armada e nas formas de lidar com ela entre quem mora e trabalha em área de tráfico de drogas e aqueles que apenas trabalham em área de violência. Adicionalmente, percebem como violência a precariedade do emprego e a falta de condições de trabalho que promove ausência de reconhecimento, desassistência e aumento de risco de agressões e represálias pela população. Os trabalhadores relatam sentimento de medo, impotência e desesperança e falta de apoio por parte da gestão municipal. Esses profissionais não banalizam a violência armada, mas usam o autoengano - ou não refletir sobre a realidade - como estratégias para continuar trabalhando e vivendo, diferentemente do que acreditam os profissionais não moradores e a sociedade em geral. Um cotidiano de trabalho precário, mediante ameaças, medo de perder o emprego, falta de reconhecimento do superior, aliado ao risco de morte pela violência armada traz sofrimento intenso para o profissional de saúde e afeta sua vida e o cuidado prestado por ele.
Abstract
Violence has become a public health problem due to its endemic condition with a high number of victims and its physical and emotional consequences on individuals. The Primary Care service the gateway to the health system is available in places closer to the population, including those territories with higher social risk. This study aimed to analyze the perception of health professionals about work-related violence, especially armed violence, and its consequences for health care. This was a qualitative research and interview with 13 health professionals from a Family Health Strategy Unit in the municipality of Duque de Caxias/Rio de Janeiro. The analysis was based on the phenomenological narrative and the categories were: armed violence at work; other violence at work; armed violence in care; support to deal with armed violence at work; strategies to mitigate the risk of armed violence; trivialization of armed violence. The research concluded that workers feel very vulnerable to act in the territory of armed violence because of their unpredictable form, not knowing how to act in situations of confrontation and theft. A difference was observed in the recognition of signs of armed violence and in the ways of dealing with it between those who live and work in the area of drug trafficking and those who only work in the area of violence. Additionally, they perceive as violence the precariousness of employment and the lack of working conditions that promotes lack of recognition, lack of assistance and increased risk of aggression and reprisals by the population. The workers report a feeling of fear, impotence and hopelessness and lack of support from municipal management. These professionals do not trivialize armed violence, but use self-deception - or not reflect about the reality - as strategies to continue working and living, differently from what non-residents professionals believe and society in general. A precarious daily work, through threats, fear of losing his job, lack of recognition of the superior, allied to the risk of death by armed violence brings intense suffering to the health professional and affects his life and the care provided by him.
Keywords in Portuguese
ViolênciaViolência com Arma de Fogo
Violência no Trabalho
Profissional de Saúde
Atenção Primária à Saúde
DeCS
Violência com Arma de FogoDuque de Caxias, RJ
Violência
Violência no Trabalho
Pessoal de Saúde
Atenção Primária à Saúde
Condições de Trabalho
Pesquisa Qualitativa
Entrevistas como Assunto
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