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Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
05 Igualdade de gêneroCollections
Metadata
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PADRÕES DE CUIDADOS CLÍNICOS E SOBREVIDA EM MULHERES IDOSAS DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE COLO UTERINO EM UMA COORTE HOSPITALAR DE MULHERES DO RIO DE JANEIRO
Mulheres
Idoso
Sobrevida
Intervalo Livre de Doença
Dinâmica Populacional
Transição Epidemiológica
História Natural das Doenças
Estudos Retrospectivos
Neoplasias do Colo do Útero / epidemiologia / história / 2005 - 2010 / Rio de Janeiro
Women
Elderly
Survival
Outcomes
Silva, Rodrigo Furtado | Date Issued:
2017
Alternative title
Patterns of clinical care and survival in elderly women diagnosed with cervical cancer in a hospital cohort of women in Rio de JaneiroAuthor
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O envelhecimento populacional brasileiro é marcado pelo aumento do peso relativo dos idosos no total da população, proporcionado em grande parte pelo envelhecimento das mulheres. A maior expectativa de vida tem acompanhado este envelhecimento, com consequente aumento na proporção de mulheres com 80 anos ou mais. Essa expansão do contingente de mulheres idosas deverá ser acompanhada pelo aumento na incidência de doenças crônicas prevalentes na população feminina brasileira, e dentre elas, o câncer cervical. No entanto, os padrões de cuidados ofertados entre as mulheres idosas com câncer cervical (≥ 60 anos) ainda são pouco estudados no Brasil, assim como as sobrevidas livre de doença e global. O estudo atual objetiva determinar o padrão de cuidado terapêutico, a sobrevida livre de doença e a sobrevida global em 5 anos em uma coorte hospitalar de mulheres idosas (≥ 60 anos) diagnosticadas com câncer cervical num centro de referência para o câncer do Rio de Janeiro. Pacientes com câncer cervical invasivo com 60 anos ou mais foram identificadas a partir do registro hospitalar de câncer no centro de referência, no período de 2005 a 2010, e estratificadas em 3 grupos etários: 60-69 anos, 70-79 anos e ≥ 80 anos. As diferenças entre as proporções das variáveis categóricas foram verificadas pelo teste de Qui-quadrado de Pearson, com grau de significância de 5%. Sobrevida livre de doença e sobrevida global em 5 anos entre os estratos etários e segundo os estádios foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e as diferenças entre as curvas verificadas pelo teste de Log Rank:95%. Na avaliação de oferta de tratamento inadequado, a análise multivariada verificou que a idade foi um fator preditivo para maior oferta de tratamento inadequado, com OR 2,66 (IC95% 1,78-3,99) para mulheres de 70-79 anos e OR 12,91 (IC95% 6,01-27,77) para mulheres com idade ≥ 80 anos (categoria de referência: estrato etário 60-69 anos), ajustada para estádio, performance status (PS), índice de “Charlson” e escolaridade. A sobrevida livre de doença em 5 anos no conjunto das mulheres foi de 56,6%, porém não se observou diferença da SVLD entre os estratos etários. Na doença inicial, a SVLD em mulheres com carcinoma epidermóide foi maior (73,1%) nas mulheres com idade ≥ 80 anos em comparação aos demais estratos etários (p=0,014). Na doença avançada, as mulheres de 80 anos ou mais que receberam tratamento adequado apresentaram a maior SVLD (75,0%) em relação aos demais estratos de idade (p=0,001). A sobrevida global geral em 5 anos foi de 37,7%, enquanto na comparação entre os estratos a SVG variou entre 39,5% (mulheres de 60-69 anos) a 26,4% em mulheres com idade ≥ 80 anos (26,4%), com p=0,024. No estrato de doença inicial, as mulheres de 80 anos ou mais que recidivaram apresentaram uma SVG maior (50,0%) do que aquelas que não recidivaram (19,4%). Na doença avançada, nas mulheres com 70-79 anos, a SVG naquelas sem comorbidade “não-Charlson” foi 16,0%, comparado com 37,8% nas mulheres com comorbidade (p<0,05). Deste modo, a idade é um fator preditivo independente para oferta de tratamento inadequado entre mulheres idosas com câncer cervical. A sobrevida livre de doença não foi diferente entre os estratos etários, embora no estrato de doença avançada, mulheres com idade ≥ 80 anos tratadas adequadamente apresentaram menor risco de recorrência em relação aos demais estratos etários. O risco de óbito por todas as causas, no entanto, foi maior em mulheres com idade ≥ 80 anos, não se podendo afastar o efeito dos riscos competitivos. Portanto, medidas que permitam uma melhor adequação na oferta de tratamento em mulheres idosas com câncer cervical são necessárias e a idade, isoladamente, não deve ser critério que oriente a agressividade do tratamento na população idosa.
Abstract
The population aging in Brazil is marked by an increase in the elderly component in the total population, and this growth is largely due to aging women. The longer life expectancy is also happening along with this aging process, with a consequent increase in the proportion of women age 80 and older as well. This expansion in the elderly women contingent should be followed by an increase in the chronic diseases rates in the brazilian female population, and among these diseases, the cervical cancer is one of the most important. However, the patterns of care offered to the elderly women with cervical cancer are still poorly investigated in Brazil as are their effects on survival outcomes. The study objective is to evaluate the patterns of treatment, the free disease survival and overall survival in five years in a hospital cohort of elderly women (≥ 60 years) with cervical cancer at an oncology center in Rio de Janeiro. A hospital-based tumor registry was used to identify patients with invasive cervical carcinoma who were treated between 2005 and 2010. Patients were divided in 3 age groups: women age 60-69 years, women age 70-79 years and women age ≥ 80 years. Categorical variables were compared using chi-square. Adjusted odds ratio was calculated to determine variables associated with inadequate treatment. Survival analysis were performed using the Kaplan-Meier method and the Log Rank test was used to verify differences between the curves. Multivariate analysis adjusting for stage, performance status (PS), Charlson index and schooling revealed that age was a significant predictor of inadequate treatment, with an OR 2,66 (CI95% 1,78-3,99) for women age 70-79 and an OR 12,91 (CI95% 6,01-27,77) for women age ≥ 80 (referral category: women age 60-69 years). The free-disease survival in 5 years were 56,6%, however, it was not observed any difference between the age strata. In the early disease group, the FDS in women with squamous cell carcinoma was higher in women age ≥ 80 years (p=0,014). In the advanced disease group, the FDS was superior (75,0%) in women age 80 years or older who were properly treated (p=0,001). The overall survival (OS) in 5 years was 37,7% in the general group, and it varied from 26,4% in women age ≥ 80 years to 39,5% in women age 60-69 years (p=0,024). In the early disease stratum, it was observed that OS in women age 80 or older who had a disease recurrence was higher (50,0%) than women who had not a disease recurrence (19,4%). In the group of advanced disease, women age 70-79 years without a non-Charlson comorbidity presented a lower OS (16,0%) compared to women with a non-Charlson comorbidity (37,8%) (p<0,05). Accordingly, age is a significant predictor factor in this study for the inadequate treatment offer between elderly women. There was no difference in DFS in the age strata comparison, and although the OS in women age ≥ 80 years was the lowest one, it was not a reason per se to avoid the proper treatment to be given in a cervical cancer setting.
DeCS
Idoso de 80 Anos ou maisMulheres
Idoso
Sobrevida
Intervalo Livre de Doença
Dinâmica Populacional
Transição Epidemiológica
História Natural das Doenças
Estudos Retrospectivos
Neoplasias do Colo do Útero / epidemiologia / história / 2005 - 2010 / Rio de Janeiro
Women
Elderly
Survival
Outcomes
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